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19/01/2024 13:03:00
Há 3 dias, bebê espera transporte aéreo de Corumbá para cidade com UTI

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Um bebê que nasceu prematuro, após 26 semanas de gestação (aproximadamente seis meses), aguarda desde terça-feira (16) ser transferido da Santa Casa de Corumbá, onde não há UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal para dar a assistência que ele necessita para sobreviver.

O recém-nascido chegou a ter uma parada cardiorrespiratória enquanto o transporte para instituição de outra cidade não é providenciado, mas foi reanimado.

Ele pesou apenas 750 gramas ao nascer e está internado há três dias. "Os médicos se admiram com ele. Está lutando com unhas e dentes pela vida. Se meu filho está assim onde não tem UTI, imagina como vai estar quando for transferido para outro lugar?", diz o pai, Edmaio Rodrigues.

Impasse - O pai também afirmou ao Campo Grande News que soube, por meio da equipe do hospital, que o transporte até a UTI de outro município não poderia ser custeado pela Prefeitura de Corumbá "porque não havia dinheiro".

A urgência do caso demanda que o deslocamento seja feito em veículo com suporte avançado, pelo ar, segundo Edmaio.

A mãe, a autônoma Edilaine Alves, e o pai, que está desempregado, moram no município vizinho, Ladário. Eles se deslocaram até a Santa Casa de Corumbá para o parto porque não há maternidade na cidade onde vivem.

Sobre a suposta falta de recursos para o transporte e a demora para providenciá-lo, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Corumbá informou que fez "repasse financeiro para o hospital destinado à realização de transporte em UTI aérea" e que "cabe à Santa Casa avaliar, dentro do que determina a legislação, a forma de utilização desse valor".

A reportagem questionou a instituição se ainda há valores disponíveis para o transporte aéreo de pacientes, se eles são suficientes para atender toda a demanda e como eles podem ser usados. Não houve resposta até a publicação desta matéria.

Ele pesou apenas 750 gramas ao nascer e está internado há três dias. "Os médicos se admiram com ele. Está lutando com unhas e dentes pela vida. Se meu filho está assim onde não tem UTI, imagina como vai estar quando for transferido para outro lugar?", diz o pai, Edmaio Rodrigues.

Impasse - O pai também afirmou ao Campo Grande News que soube, por meio da equipe do hospital, que o transporte até a UTI de outro município não poderia ser custeado pela Prefeitura de Corumbá "porque não havia dinheiro".

A urgência do caso demanda que o deslocamento seja feito em veículo com suporte avançado, pelo ar, segundo Edmaio.

Bebê nasceu prematuro e espera há três dias a transferência (Foto: arquivo pessoal) A mãe, a autônoma Edilaine Alves, e o pai, que está desempregado, moram no município vizinho, Ladário. Eles se deslocaram até a Santa Casa de Corumbá para o parto porque não há maternidade na cidade onde vivem.

Sobre a suposta falta de recursos para o transporte e a demora para providenciá-lo, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Corumbá informou que fez "repasse financeiro para o hospital destinado à realização de transporte em UTI aérea" e que "cabe à Santa Casa avaliar, dentro do que determina a legislação, a forma de utilização desse valor".

A reportagem questionou a instituição se ainda há valores disponíveis para o transporte aéreo de pacientes, se eles são suficientes para atender toda a demanda e como eles podem ser usados. Não houve resposta até a publicação desta matéria.

Expectativa - Hoje (19) pela manhã, os pais foram informados que a Secretaria de Saúde de Ladário confirmou que irá custear o transporte aéreo. Resta saber quando isso vai acontecer.

Inicialmente, a expectativa é que o bebê fosse encaminhado para instituição de Três Lagoas, onde conseguiu vaga. No entanto, a última informação recebida por Edmaio é que ele será encaminhado para hospital de Campo Grande. "Ainda não falaram horário nem como vai ser, mas acreditamos que já deu certo", disse o pai.

O Campo Grande News também entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ladário, que esclareceu sobre o impasse e a demora para a transferência ser conseguida.

"A Santa Casa de Corumbá consegue realizar o transporte aéreo somente para Campo Grande, por questões de contrato. Ocorre que, inicialmente, não havia vaga na Capital, sendo que a Secretaria de Saúde de Ladário havia conseguido a vaga para atendimento da criança apenas em Três Lagoas e, no entanto, o transporte aéreo até lá não era custeado pela Prefeitura de Corumbá. Ladário disponibilizaria o transporte terrestre, que não se aplica ao caso por conta da urgência", explicou.

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Há 3 dias, bebê espera transporte aéreo de Corumbá para cidade com UTI Caso é urgente, mas causa demora um impasse sobre local da vaga disponível e o contrato para a transferência

Por Cassia Modena | 19/01/2024 11:59

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Bebê está internado na Santa Casa de Corumbá, onde não há UTI neonatal (Foto: arquivo pessoal) Um bebê que nasceu prematuro, após 26 semanas de gestação (aproximadamente seis meses), aguarda desde terça-feira (16) ser transferido da Santa Casa de Corumbá, onde não há UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal para dar a assistência que ele necessita para sobreviver.

O recém-nascido chegou a ter uma parada cardiorrespiratória enquanto o transporte para instituição de outra cidade não é providenciado, mas foi reanimado.

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Ele pesou apenas 750 gramas ao nascer e está internado há três dias. "Os médicos se admiram com ele. Está lutando com unhas e dentes pela vida. Se meu filho está assim onde não tem UTI, imagina como vai estar quando for transferido para outro lugar?", diz o pai, Edmaio Rodrigues.

Impasse - O pai também afirmou ao Campo Grande News que soube, por meio da equipe do hospital, que o transporte até a UTI de outro município não poderia ser custeado pela Prefeitura de Corumbá "porque não havia dinheiro".

A urgência do caso demanda que o deslocamento seja feito em veículo com suporte avançado, pelo ar, segundo Edmaio.

Bebê nasceu prematuro e espera há três dias a transferência (Foto: arquivo pessoal) A mãe, a autônoma Edilaine Alves, e o pai, que está desempregado, moram no município vizinho, Ladário. Eles se deslocaram até a Santa Casa de Corumbá para o parto porque não há maternidade na cidade onde vivem.

Sobre a suposta falta de recursos para o transporte e a demora para providenciá-lo, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Corumbá informou que fez "repasse financeiro para o hospital destinado à realização de transporte em UTI aérea" e que "cabe à Santa Casa avaliar, dentro do que determina a legislação, a forma de utilização desse valor".

A reportagem questionou a instituição se ainda há valores disponíveis para o transporte aéreo de pacientes, se eles são suficientes para atender toda a demanda e como eles podem ser usados. Não houve resposta até a publicação desta matéria.

Expectativa - Hoje (19) pela manhã, os pais foram informados que a Secretaria de Saúde de Ladário confirmou que irá custear o transporte aéreo. Resta saber quando isso vai acontecer.

Inicialmente, a expectativa é que o bebê fosse encaminhado para instituição de Três Lagoas, onde conseguiu vaga. No entanto, a última informação recebida por Edmaio é que ele será encaminhado para hospital de Campo Grande. "Ainda não falaram horário nem como vai ser, mas acreditamos que já deu certo", disse o pai.

O Campo Grande News também entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ladário, que esclareceu sobre o impasse e a demora para a transferência ser conseguida.

"A Santa Casa de Corumbá consegue realizar o transporte aéreo somente para Campo Grande, por questões de contrato. Ocorre que, inicialmente, não havia vaga na Capital, sendo que a Secretaria de Saúde de Ladário havia conseguido a vaga para atendimento da criança apenas em Três Lagoas e, no entanto, o transporte aéreo até lá não era custeado pela Prefeitura de Corumbá. Ladário disponibilizaria o transporte terrestre, que não se aplica ao caso por conta da urgência", explicou.

Sobre a previsão para o transporte ser feito, a nota conclui. "A criança aguarda preparação da equipe responsável para que façam o transporte aéreo para a Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, no início da tarde de hoje, por meio da contratualização da Santa Casa de Corumbá".

Não tem UTI - Corumbá, distante a 428 quilômetros de Campo Grande, é um dos municípios mais importantes economicamente para Mato Grosso do Sul, mas não tem UTI neonatal na rede pública. Essa é uma demanda antiga dos moradores. Quando algum bebê necessita dessa assistência, precisa receber em outra cidade.

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Corumbá, não há previsão para o início da construção de uma unidade. "O que existe hoje é a reforma do Centro Obstétrico da Maternidade [da Santa Casa de Corumbá], que voltou para processo licitatório após desajuste com a empresa que tocava a obra", informou em nota.

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