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Geral
07/03/2017 10:44:00
Justiça determina que comitê Rio-2016 faça reparos no Maracanã

G1/LD

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A Justiça do Rio determinou nesta terça-feira que o Comitê Rio-2016 é responsável por fazer os reparos necessários no Maracanã e também no Maracanãzinho após a utilização dos estádios nos Jogos Olímpicos. A juíza Maria Paula Gouveia Galhador, da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, acolheu pedido de liminar do governo do estado para que o comitê faça as obras em até 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

A liminar do governo argumenta que Maracanã e Maracanãzinho devem ser devolvidos nas mesmas condições em que foram cedidos para a realização dos Jogos Olímpicos.

Procurado pelo GLOBO, o diretor de comunicação do Comitê Rio-2016, Mario Andrada, disse que os reparos estavam previstos no documento de devolução do estádio, apresentado pelo comitê em novembro. Ele garantiu que o comitê vai cumprir com a decisão judicial. O valor dos reparos em questão, segundo Andrada, são calculados em R$ 500 mil.

O Rio-2016 já havia admitido em janeiro que havia uma lista de reparos pendentes no Maracanã, e que o comitê havia extrapolado o prazo estabelecido inicialmente, que ia até novembro. As pendências envolvem reparos em cadeiras e corredores internos do estádio, por exemplo.

À época, o comitê garantia que faria as adaptações necessárias até mesmo em pendências que dizia ter encontrado já quando assumiu a operação do estádio, como a presença de peças soltas na cobertura -- algo que o governo estadual, por sua vez, diz que foi gerado pelo uso do Maracanã nos Jogos. Já o Maracanãzinho, como mostrou O GLOBO em janeiro, também apresentava pendências.

O governo do estado também cobra do Rio-2016 o pagamento de contas de água e luz não quitadas durante o período de cessão para os Jogos. A juíza, no entanto, não acolheu esta parte da liminar, por entender que o Estado não provou que os débitos são referentes ao período de utilização por parte do comitê.

Em janeiro, a Justiça do Rio já havia determinado, em outra decisão, que a Odebrecht reassumisse a operação do estádio. A concessionária não queria reassumir o Maracanã enquanto não fossem realizados os reparos que apontava como responsabilidade do Comitê Rio-2016.

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