G1MS/LD
ImprimirMato Grosso do Sul teve a 8ª menor taxa de mortes violentas do Brasil, no primeiro semestre de 2023, com 18 mortes a cada 100 mil habitantes. Ao todo, foram 244 homicídios, com redução de 14,99% dos casos em comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve 287. Os dados são do Monitor da Violência, índice criado pelo g1 com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Apesar da redução, a média é de 1,3 mortes violentas por dia no estado, desde o início do ano. O maior número de registros é de homicídios dolosos: 221 nos seis primeiros meses do ano. Em seguida, o relatório mostra 10 casos de feminicídios; 9 de lesões seguidas de mortes; e 4 de latrocínios.
Mato Grosso do Sul divide a 8ª menor taxa de assassinatos a cada 100 mil habitantes com o estado do Rio de Janeiro. Em todo o país, o número de assassinatos caiu 1% no Brasil em 2022. Foram 40,8 mil mortes violentas em todo o país -- média de mais de 110 vítimas por dia.
Entre os casos que se destacaram no estado, está o assassinato de Hugo Vinicius Skulny Pedrosa, de 19 anos. Ele desapareceu no dia 25 de junho e seu corpo, encontrado esquartejado no rio Iguatemi, em Sete Quedas (MS).
A ex-namorada da vítima, Rubia Joice de Oliver Luvisetto, e namorado de Rubia, Danilo Alves Vieira, estão presos, suspeitos de matarem o jogador.
Veja os principais destaques do levantamento no Brasil:
O Brasil teve 40,8 mil assassinatos em 2022, o menor número da série histórica do FBSP - uma queda de 1% em relação a 2021;
No último trimestre, porém, um alerta: houve alta de 6,4% nas mortes;
Redução das mortes foi puxada por Norte (-3,5%) e Nordeste (2,2%);
Destaque para as quedas no Amapá (-28,5%) e Roraima (14,1%);
Mesmo com a queda nacional de 1%, 14 estados brasileiros tiveram alta de mortes;
Centro-Oeste puxou a alta (4,5%), liderado pelo Mato Grosso (24,1%);
Número de mortes voltou a subir em São Paulo (7,1%) e Minas Gerais (6,3%).
Segundo os especialistas, diversos fatores estão por trás dos indicadores de violência em queda nos últimos anos: políticas públicas estaduais, mudança nas dinâmicas dos grupos criminosos, mais recursos disponíveis para o setor da segurança pública, entre outros.
Índice nacional de homicídios
A ferramenta criada pelo g1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.