Geral
04/01/2013 09:00:00
Morre mulher com suspeita de leishmaniose em Campo Grande
Além da preocupação com uma possível epidemia de dengue, com diversas reuniões e a apresentação de um plano de enfrentamento a doença, autoridades municipais voltam à atenção para a saúde animal.
Midiamax/LD
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\n \n Além da preocupação com uma possível epidemia de dengue, com\n diversas reuniões e a apresentação de um plano de enfrentamento a doença,\n autoridades municipais voltam à atenção para a saúde animal. \n \n A medida ocorre após a morte de uma mulher de 29 anos, na\n madrugada desta sexta-feira (4), sendo que a suspeita é de ter sido provocada\n por leishmaniose. \n \n Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Juliane Silveira\n estava internada há quatro dias, mas o quadro se agravou desde a manhã de ontem\n (3), quando ela entrou em coma induzido e morreu por volta das 4h. O órgão já\n pediu um relatório e analisa ao certo as causas da morte. \n \n Além de Juliane, 245 casos de leishmaniose no Estado foram\n registrados de janeiro a 21 de dezembro de 2012. Neste mesmo período, segundo a\n SES (Secretaria de Estado de Saúde), 15 pessoas morreram vítimas da doença. Os\n números da última semana do ano passado devem ser divulgados na segunda\n quinzena de janeiro. \n \n Já em 2011, no mesmo período, foram constatados 222 casos de\n leishmaniose em todo o Estado e 16 mortes. Em entrevista ao Midiamax, a coordenadora de Vigilância Epidemiologia da\n SES Vera Lucia Carvalho da Silva, diz que faltam informações da doença a\n população. \n \n É necessário repassar as informações, pois esta é a época do ano\n que mais ocorre. O parasita se desenvolve em material orgânico em decomposição,\n e agora estamos em época de manga e chuva, local preferido para desenvolvimento,\n explica a coordenadora. \n \n De acordo com ela, é necessário que a população limpe os quintais\n e evite deixar materiais orgânicos como madeira e frutas no quintal. Estamos\n no verão e, como as chuvas ajuda a acelerar a decomposição destes materiais,\n aumentam as possibilidades do parasita se desenvolver, afirma a coordenadora. \n \n Sobre os sintomas da doença e o sacrifício do animal,\n respectivamente, Silva diz que eles demoram a aparecer, entre 30 a 40 dias,\n além dos sintomas serem febre baixa, dor abdominal e perda de peso. Já a\n eutanásia, Vera Lúcia conta que esta é a orientação do Ministério da Saúde e a\n OMS. \n \n O parasita precisa do cão doente como reservatório para cumprir\n seu ciclo. Não é algo criado por nós, mas provado que o tratamento não resolve.\n A leishmaniose em nosso Estado é endêmica e precisamos disso para combater,\n avalia Vera. \n \n Leishmaniose \n \n A leishmaniose é uma doença crônica, causada pelo protozoário\n leishmania. Comum em cães, é transmitida ao homem por mosquitos flebotomíneos\n que se alimentam de sangue. Nos cães, os principais sintomas são: fraqueza,\n queda de pelo, febre e feridas permanentes. \n \n Já no ser humano é caracterizada por lesões na pele, podendo\n também afetar nariz, boca e garganta. Ela também pode afetar o fígado, baço e a\n medula óssea. Caso não seja tratada pode levar a morte. \n \n Leishmaniose Visceral \n \n Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida pelo\n mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na\n circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi. \n \n Embora alguns canídeos (raposas, cães), roedores, edentados\n (tamanduás, preguiças) e equídeos possam ser reservatório do protozoário e\n fonte de infecção para os vetores, nos centros urbanos a transmissão se torna\n potencialmente perigosa por causa do grande número de cachorros, que adquirem a\n infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem. \n \n A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma\n pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as\n pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito\n fêmea infectado. \n \n Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas\n pode variar de 10 dias a 24 meses. \n \n \n \n \n
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