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09/11/2023 12:00:00
Pela primeira vez no ano, MS zera mortes por dengue no período de um mês

CE/LD

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Boletim Epidemiológico de Dengue em Mato Grosso do Sul, divulgado nesta quarta-feira (8), mostra que, apesar do alto número de casos, nenhuma morte ocorreu no mês de outubro no Estado.

Conforme os números divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), outubro foi o primeiro mês em 2023 sem mortes por dengue.

No ano, já foram confirmados 39,9 mil casos de dengue e 40 mortes no Estado. Com o acréscimo de casos prováveis, ou seja, ainda não confirmados que estão em análise, esse número sobe para 46,8 mil.

O mês com o maior número de mortes por dengue foi março, com 12 óbitos registrados. A última morte por dengue ocorreu no dia 19 de setembro, há cerca de 50 dias.

Conforme os boletins epidemiológicos de anos anteriores, MS registrou 41.998 casos confirmados de dengue em 2020; 8.027 em 2021; e 21.328 em 2022.

Com relação ao número de óbitos, em 2020, foram 42; em 2021, 14 casos; e em 2022, 24 óbitos.

Percebe-se que, em 2023, os casos aumentaram, aproximando-se dos números de 2020, após dois anos de baixa.

Crise nacional

Em 2023, até o final de abril, houve aumento de 30% no número de casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2022 em todo Brasil.

As ocorrências passaram de 690,8 mil casos, no ano passado, para 899,5 mil neste ano, com 333 óbitos confirmados.

Fatores como a variação climática e aumento das chuvas no período em todo o país, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipos do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento.

Os estados com maior incidência de dengue são: Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia.

Cuidados importantes

Com a chegada do período de chuvas e as altas temperaturas, a população deve se manter atenta e redobrar os cuidados para evitar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, alerta a SES.

A dengue é uma doença transmitida por mosquitos e que se desenvolve em condições quentes e úmidas, tornando-a mais prevalente durante padrões climáticos de altas temperaturas e chuvas.

O ovo do mosquito Aedes aegypti consegue sobreviver por mais de um ano, mesmo se o local onde foi depositado estiver seco. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos, por essa razão é importante manter a higiene e evitar o acúmulo de água parada todos os dias.

Conforme a enfermeira da SES, Bianca Modafari Godoy, além de que todos precisam estar informados sobre os sintomas clássicos da dengue, para se proteger e proteger sua comunidade, algumas precauções são essenciais.

“É importante que a população faça a limpeza nos quintais de suas casas, não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas, caixas d’água ou outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito”.

Manter lixeiras bem tampadas, ralos limpos e com aplicação de tela, e usar lonas esticadas para cobrir materiais de construção são outros cuidados para evitar o acúmulo de água e focos do mosquito. O uso de repelentes e telas em janelas também pode ser uma prática de segurança para a população.

Confira mais dicas:

• Evite água parada, em qualquer época do ano;

• Mantenha bem tampado tonéis, barris de água e caixas d’agua;

• Guarde pneus em locais cobertos;

• Remova galhos e folhas de calhas;

• Não deixar água acumulada sobre a laje;

• Encha pratinhos de vasos com areia até a borda ou lave-os uma vez por semana e faça sempre a manutenção de piscinas.

• Feche bem os sacos de lixo e não deixe ao alcance de crianças e animais. Além disso, é importante trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana; colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas; manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; tampar ralos; catar sacos plásticos e lixo do quintal, entre outras medidas que impeçam o acúmulo de água e de sujeiras.

Sintomas

Fique atento aos sintomas da dengue como febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea, e os sinais e sintomas de alarme que podem apresentar dor abdominal intensa, vômitos persistentes, diarréia, desânimo e sangramento de mucosa.

“Se você ou um membro de sua família apresentar sintomas semelhantes aos da dengue, procure atendimento médico imediatamente. O diagnóstico precoce e o início da hidratação imediata são cruciais para que não se tenha evolução para casos graves e/ou óbitos”, alerta a especialista.

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