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03/06/2017 10:13:00
Polo de brinquedos investe em carros para meninas e cozinha a meninos: 'Importante é brincar'

G1/LD

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Com o objetivo de inovar e deixar de lado o conceito de que determinado brinquedo é apenas para menino ou menina, o maior polo industrial no setor de brinquedos do Brasil, instalado em Laranjal Paulista (SP), está investindo na produção de brinquedos unissex. Com isso, estão apostando na fabricação de carros na cor rosa e kits de limpeza e cozinhas nas cores verde e azul.

O polo fica aproximadamente a 160 quilômetros da capital paulista e abriga 12 indústrias do setor de brinquedos. O gerente comercial Henrique de Souza é funcionário de uma delas e diz que a ideia de fabricar “brinquedos sem gênero” começou há cerca de seis anos, em 2011. Segundo ele, no início a novidade não foi bem aceita, porém hoje está em alta.

“No começo foi bem difícil, pois as pessoas não entenderam qual era a proposta de trazer produtos mais amplos no mercado. Então, nós tivemos um pouco de resistência. Atualmente percebemos que diversos meninos, por exemplo, assistem programas de culinária e sonham em ser chefes de cozinha, isso gera uma demanda deste tipo de brinquedos para eles”, afirma.

Já o gerente comercial Daniel Vieira afirma que, por parte dos clientes, a iniciativa foi bem vinda. Para ele, o importante é que as crianças brinquem com o que elas quiserem.

“Desde o começo a ideia foi bem aceita, pois entendemos que o ato de brincar é fundamental para qualquer criança, independente do sexo, do gênero ou do brinquedo. O importante é a criança brincar e se divertir”, conta.

Brinquedos para todos

A psicóloga Maira Silveira Costa afirma que para as crianças não existe preconceito ao brincar com brinquedos feitos para o sexo oposto. A psicóloga alerta que o preconceito vem do adulto.

“Existe o verbo brincar que se resume a simplesmente brincar. Uma criança só é criança, pois ela brinca. E o que ela vai escolher para este ato vai depender de cada uma [criança], do momento que ela está vivendo, do que ela tem na casa. É mais preconceituoso o adulto que analisa a brincadeira do que a criança que está brincando”, conclui a especialista.

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