Sábado, 18 de Maio de 2024
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28/08/2023 17:34:00
Presos por execução de médico achado morto com pés e mãos amarrados se tornam réus

G1MS/LD

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Os quatro presos pela morte do médico Gabriel Rossi, de 29 anos, se tornaram réus no processo que investiga o assassinato. A denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) foi acolhida pelo juiz Ricardo da Mata Reis e a mudança processual foi divulgada nesta segunda-feira (28).

Bruna Nathália de Paiva, Gustavo Kenedi Teixeira, Keven Rangel Barbosa e Guilherme Augusto Santana vão responder no processo pelos crimes de homicídio qualificado consumado, tortura e furto qualificado. Os réus também serão julgados pelo Tribunal do Júri, que ainda não tem data definida.

A denúncia do MPMS também apontou a atitude orquestrada por Bruna Nathalia de Paiva, acusada de por planejar assassinato de médico para se livrar de dívida de R$ 500 mil.

Crime encomendado

Bruna Nathália devia R$ 500 mil ao médico e encomendou a morte dele para não pagar a dívida, segundo as investigações. As informações são do delegado Erasmo Cubas.

Segundo o delegado, Gabriel teria cobrado a dívida de Bruna, que se sentiu ameaçada e encomendou a morte do médico.

"Para se livrar da dívida, a suspeita contratou três homens para matar o médico. A mulher teria pagado R$ 150 mil ao trio pelo crime", disse Cubas.

De acordo com as apurações da Serviço de Investigações Gerais (SIG), de Dourados, Bruna ficou com o celular de Gabriel após a morte dele. Em troca de mensagens, a suspeita teria se passado pelo médico e solicitado dinheiro a amigos da vítima. Apenas neste momento, a mulher conseguiu R$ 2,5 mil.

Morte

Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, foi encontrado morto em uma casa de Dourados (MS) – a 232 quilômetros de Campo Grande – em 3 de agosto.

O médico, que estava desaparecido há uma semana, foi encontrado com os pés e mãos amarrados em cima de uma cama. Exame necroscópico revelou que a morte foi por asfixia e provável estrangulamento.

Ele morava em um apartamento em Dourados, mas a casa em que ele foi encontrado morto era de aluguel de temporada. O imóvel foi alugado através de um aplicativo na semana passada, por um período de 15 dias.

O proprietário informou que na noite do dia 27 de julho, dois homens chegaram a pé na casa para pegar as chaves e iniciar a locação.

Mensagens enviadas do celular de Gabriel mostram uma pessoa relatando que estava sendo ameaçada e pedindo dinheiro para amigos do médico. De acordo com a Polícia Civil, o aparelho continuou sendo usado após ele desaparecer, no dia 26 de julho, em Dourados (MS).

Na quinta-feira, uma mulher que mora ao lado da residência onde estava o corpo, ligou para a polícia e relatou que o carro do médico estava há cerca de uma semana estacionado em frente ao local. De acordo com a moradora, moscas começaram a invadir a casa dela, além dela sentir um mau odor vindo da direção da casa vizinha.

Segundo a polícia, o corpo já estava em decomposição, o que indica que a morte ocorreu há vários dias. Gabriel ainda usava o uniforme que os médicos utilizam no Hospital da Cassems, conhecido como scrubs hospitalar.

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