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29/06/2017 12:06:00
TJ-SP rejeita recurso e ex-goleiro Edinho pode voltar a ser preso

G1/LD

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A 14ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) rejeitou os embargos de declaração apresentados pelo advogado do ex-goleiro Edinho, Eugênio Malavasi. O filho de Pelé conseguiu na Justiça, em abril deste ano, um habeas corpus para responder em liberdade pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. Porém, com a nova decisão, caso não seja apresentado novo recurso, o ex-goleiro pode voltar a ser preso.

A defesa de Edinho já foi informada sobre a rejeição do segundo embargo. Segundo Malavasi, o embargo tinha diversas teses já que cabem sempre que há obscuridade, ambiguidade, contradição e omissão. Além de rejeitar o pedido, o desembargador definiu que, após ter ultrapassado o prazo para novos embargos, o mandado de prisão de Edinho deve ser expedido imediatamente.

Malavasi diz que irá estudar a situação durante o fim de semana e, caso seja possível, até a próxima segunda-feira (29), irá apresentar novos embargos para impedir uma nova prisão do ex-goleiro.

Em fevereiro deste ano, o TJ-SP condenou Edinho e reduziu a pena de 33 anos e quatro meses de reclusão para 12 anos e dez meses em regime fechado. Os outros envolvidos no processo, com situação idêntica a Edinho, também tiveram suas penas reduzidas. Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o "Nai"; Maurício Louzada Ghelardi, o "Soldado"; Nicolau Aun Júnior, o "Véio ou Nick"; e Ronaldo Duarte Barsotti, o "Naldinho", foram condenados pelo mesmo crime. Nai deverá cumprir pena de 15 anos de reclusão. Já Soldado e Nick irão ficar 11 anos e quatro meses na prisão. Os mandados de prisão dos três já foram expedidos. "Naldinho" está sumido e, portanto, é considerado foragido. O caso

A primeira prisão de Edinho aconteceu em 2005. O ex-goleiro foi detido com outras 17 pessoas pela Operação Indra realizada pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), acusado de ligação com uma organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho, na Baixada Santista. Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em janeiro de 2006, ele teve a prisão decretada com o aditamento da denúncia, que passou a incluir o crime de lavagem de dinheiro. Edinho obteve o direito de permanecer em liberdade por causa de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em fevereiro, o Ministério Público denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro, o que resultou em uma nova prisão, 47 dias após conseguir a liberdade. Depois disso, a Justiça vinha negando com frequência os pedidos de liberdade feitos por Edinho.

No dia 30 de maio de 2014, o ex-goleiro foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas após decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande. Edinho foi preso no dia 7 de julho por não ter apresentado seu passaporte à Justiça, uma das exigências para permanecer em liberdade até a decisão final da Justiça. Eugênio Malavasi, advogado de Edinho, conseguiu um habeas corpus para liberar seu cliente.

Em novembro do mesmo ano, o ex-goleiro foi detido no Fórum de Praia Grande, após cumprir a medida cautelar que exigia que ele comparecesse mensalmente em juízo e registrasse sua rotina. Edinho foi solto no dia seguinte. A Justiça acatou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa.

O ex-jogador estava esperando o julgamento em liberdade e foi preso no dia 24 de fevereiro, na cadeia anexa ao 5º Distrito Policial de Santos. Ele saiu da cadeia seis dias depois, quando a prisão foi suspensa pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antonio Saldanha.

Em março, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) determinou a expedição do mandado de prisão do ex-goleiro. Os magistrados rejeitaram os embargos de declaração interpostos pelo advogado de Edinho, Eugênio Malavasi. O defensor, porém, entrou com um pedido de habeas corpus para evitar a prisão, que foi concedido no dia 4 de abril.

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