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ImprimirApós mais de 12 horas de julgamento, o Tribunal do Júri da comarca de Coxim condenou três homens a quase 70 anos de prisão pelo homicídio qualificado do agiota Ademir José de Almeida, ocorrido em junho de 2023. O caso que teve grande repercussão na época, foi presidido pelo juiz Bruno Palhano Gonçalves.
O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e a autoria do crime, classificando-o como homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Durante o julgamento, foram apresentados os elementos probatórios que comprovaram a participação de cada um dos réus no assassinato.
De acordo com a sentença, o juiz individualizou as penas conforme o papel desempenhado por cada envolvido. Josimar Silva de Oliveira, apontado como mandante do crime, foi condenado a 28 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Gilmar da Silva Oliveira, identificado como o piloto da motocicleta usada na execução, recebeu pena de 25 anos de prisão, também em regime fechado. Já Pedro Henrique Lourenço, responsável pelos disparos que mataram Ademir, foi condenado a 16 anos e 6 meses de reclusão, igualmente em regime fechado. Somadas, as penas totalizam quase 70 anos de prisão.
Relembre o caso
O crime ocorreu na tarde do dia 1º de junho de 2023, quando Ademir José de Almeida, de 42 anos, chegava à sua residência na Rua Gerânio, no bairro Senhor Divino, em Coxim. Os atiradores chegaram em uma motocicleta e efetuaram vários disparos contra a vítima, que morreu no local.
Segundo informações da polícia, os três envolvidos estavam escondidos em uma chácara na região do Quatro Pé, em Coxim, enquanto um quarto suspeito se encontrava em uma residência pertencente ao mandante do crime.
Os policiais conseguiram apreender a motocicleta usada no homicídio, bem como os capacetes utilizados pelos criminosos. Apenas a arma de fogo não foi localizada.
Investigação
A investigação da Polícia Civil apontou que a morte de Ademir foi motivada por um desentendimento relacionado à negociação de um barco e aos valores que seriam repassados a uma pessoa contratada por ele para realizar cobranças de dívidas.
Essa pessoa seria o suspeito de ser o mandante da execução de Ademir. Ele teria ordenado que seu irmão e um terceiro comparsa matassem o agiota como forma de retaliação, após supostas ameaças trocadas entre eles.
A Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, conseguiu prender todos os envolvidos, incluindo o quarto suspeito, responsável por esconder a motocicleta, os capacetes e a arma de fogo usada pelos executores.
