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16/03/2017 10:48:00
'Vai ser doloroso', diz Carlinhos de Jesus sobre 2° dia do júri dos acusados da morte de seu filho, nesta quinta

G1/LD

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O segundo dia do júri dos acusados da morte do filho de Carlinhos de Jesus, que acontece nesta quinta-feira (16), vai ser mais difícil para o dançarino do que o primeiro. Em conversa com o G1, Carlinhos contou que precisa se preparar psicologicamente para ouvir o que vai ser falado durante os debates entre defesa e acusação.

"Vai ser doloroso. Pois hoje vão querer insinuar que meu filho era mulherengo, vão dizer que ele tinha dívida com agiota, que brigava por ciúmes da namorada. Isso tudo é muito ruim de escutar porque não é verdade. É hoje que acontece o debate entre acusação e defesa. Será uma grande batalha, e eu estou aqui para ver isso pela primeira vez, antes, só tinha visto isso em filme", declarou Carlinhos.

O dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus participou do primeiro dia do julgamento dos acusados de matarem seu filho, o músico Carlos Eduardo Mendes de Jesus, no Centro do Rio, na quarta-feira (15). Ele prestou um depoimento emocionado no Fórum. A sessão começou às 15h, no 1º Tribunal do Júri do Rio, no Fórum Central da cidade, e teve no banco dos réus os policiais militares Miguel Ângelo da Silva Medeiros e André Pedrosa dos Santos.

Carlos Eduardo, conhecido como Dudu, foi morto na madrugada do dia 19 de novembro de 2011, em Realengo, Zona Oeste do Rio.

De acordo com Carlinhos, o julgamento dos sete acusados do crime ainda não tem data para terminar. "Desmembraram o processo porque os setes não queriam ser julgados juntos. Na quarta, seriam três, mas um não pôde ser julgado por conta da greve. Mas já pude ver que o crime foi muito bem tramado, visitaram o local onde mataram meu filho para ver se tinha câmeras, um plano muito bem montado", acrescentou.

O encontro com dois dos acusados, no primeiro dia, foi difícil, afirma o dançarino. "Falar de perda é complicado. Me deparar com os algozes com carinha de anjo é pior ainda. Quem vê fica até com pena, dá vontade de colocar no colo, mas é tudo encenação. Estão ali como se nada tivesse acontecido."

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