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Ciência e Saúde
18/04/2017 06:29:00
Campo Grande é a 2ª capital do país com maior nº de obesos, diz Vigitel
Segundo Vigitel, a obesidade cresceu 60% no Brasil no período de 10 anos. Levantamento mostra aumento de pessoas com diabetes na capital de MS.

G1/PCS

Aumentou número de diabéticos em Campo Grande

Campo Grande é a segunda capital do Brasil com maior número de pessoas obesas, segundo mostrou a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde em todas as capitais do país, divulgada nesta segunda-feira (17).

De acordo com o levantamento, são 58% de pessoas com excesso de peso na capital de Mato Grosso do Sul, que perdeu apenas para Rio Branco. Por outro lado, Palmas tem a menor prevalência de gordos.

Segundo a pesquisa, o crescimento da obesidade é um dos fatores que pode ter colaborado para o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão, doenças crônicas não transmissíveis que piora a condição de vida do brasileiro e podem até matar.

A pesquisa ainda mostra que o número de pessoas diagnosticadas com diabetes aumentou em dois anos em Campo Grande. A Vigitel 2016 revela que são 8,8% de diabéticos na capital sul-mato-grossense. Rio de Janeiro foi a que apresentou maior prevalência com 10,4% e Boa Vista a com menor índice de 5,3%.

A hipertensão é outra preocupação do Ministério da Saúde. Campo Grande registrou 26,2% de pessoas com pressão alta, conforme a pesquisa. A capital fluminense volta a se destacar com percentual de 31,7% e Palmas com a menor, de 16,9%.

Outros dados

Em 10 anos, a prevalência da obesidade passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, atingindo quase um em cada cinco brasileiros. Dados alertam para prevalência alta da obesidade mesmo entre mais jovens, pessoas de 25 a 44 anos.

O consumo de alimentos ultraprocessados e sedentarismo impactam no avanço das doenças crônicas: mais de 25% da população adulta têm diagnóstico de hipertensão no país. O estudo aponta ainda que, apesar do cenário preocupante, o brasileiro reduziu quase pela metade o consumo de refrigerantes e passou a fazer mais atividade física no lazer.