VERSÃO DE IMPRESSÃO
Ciência e Saúde
07/06/2021 15:57:00
MS é dos que menos registra mortes de crianças de 0 a 9 anos por covid no País

CGNews/LD

De todas as unidades federativas do Brasil, Mato Grosso do Sul está entre as que menos tiveram crianças de 0 a 9 anos de idade vítimas como vítimas fatais de covid-19. Foram apenas oito mortes até maio deste ano conforme dados do Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) compilados pelo Jornal O Estado de São Paulo.

O levantamento revela que o Brasil é o segundo país no mundo com maior número de óbitos pela doença em crianças, perdendo apenas para o Peru, também na América Latina. Foram 32,6 mortes a cada 1 milhão. Na Inglaterra, por exemplo, a taxa cai para 0,5 a cada milhão.

Dentre os estados brasileiros com menos mortes, MS perde para Amapá, Tocantins, Acre e Distrito Federal. Os três primeiros tiveram cinco óbitos e o DF, seis. Maior número de óbitos por covid entre crianças de 0 a 9 anos ocorreu em São Paulo, com 101 casos num universo de 3.262 internações.

Dados da plataforma Mais Saúde, da SES (Secretaria de Estado de Saúde), indicam, além dos oito óbitos na faixa estária citada, também 10.867 casos confirmados. Atualemente, a taxa de ocupaçã de leitos de UTI pediátricos em MS é de 160%, sendo que há apenas cinco vagas, mas há oito crianças internadas de forma improvisada.

Como já é de conhecimento geral, maioria das crianças têm quadros assintomáticos ou com sintomas leves de covid. Estudos recentes indicam que isso ocorra porque as crianças teriam menor quantidade de receptores do vírus ou maior exposição recente a outros coronavírus comuns, como os que causam resfiados, o que propiciaria uma proteção cruzada. Também é elencada a possibilidade de imunidade inata mais desenvolvida.

No entanto, nos raros, mas existentes casos de agravamento, ocorre a chamada SIM-P (Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica), que pode se manifestar em até 4 semanas depois da contaminação inicial pelo SARS-CoV-2.

Tal síndrome é caracterizada por febre persistente e inflamação em diversos órgãos, como o coração, o intestino e, em menor grau, os pulmões. A enfermidade também leva a dores abdominais, insuficiência cardíaca e convulsões.