El Pais/PCS
Foi apenas três meses e meio depois de dar à luz que Amelia Bannan ficou a conhecer o seu filho.
A história desta polícia argentina de 34 anos e do seu bebê, Santino, deu uma volta inesperada a 1 de Novembro do ano passado quando Amelia Bannan sofreu lesões cerebrais graves na sequência de um acidente de viação. Estava grávida de seis meses. Ficou em coma.
Como conta o El País nesta quarta-feira, o feto não sofreu danos e continuou a desenvolver-se com normalidade. No final de Dezembro, Amelia Bannan abriu os olhos, mexeu as mãos e começou a ter contrações, mantendo-se aparentemente inconsciente e incapaz de comunicar. O bebê nasceu com 1,890 kg e sem complicações significativas.
A mãe permaneceu em coma.
Apenas na semana passada, três meses e meio após o parto, voltou a comunicar.
"Estávamos na clínica com a minha outra irmã e contávamos coisas à Amelia sem nunca termos resposta, mas de repente ouvimos um sim. 'Amélia, estás a ouvir?', perguntei-lhe e ela voltou a dizer que sim. Foi uma emoção, fiquei sem palavras", contou ao El País o irmão mais velho de Amelia Bannan.
Desde esse momento, o estado de saúde de Amelia tem vindo a evoluir positivamente — a sua capacidade de comunicação tem melhorado cada vez mais. No entanto, a situação ainda é "de risco", segundo os médicos, e não é possível garantir que não haverá sequelas do tempo em que esteve em coma.
Amelia Bannan começa agora a recordar-se de coisas do passado, mas não se lembra da gravidez. A primeira vez que viu o filho, pensou tratar-se do seu sobrinho. Mas, agora, as visitas de Infantino são frequentes e são o maior estímulo à recuperação total da mãe, diz o irmão de Amelia.