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Ciência e Saúde
02/07/2012 09:00:00
Pesquisadores desenvolvem anti-inflamatório capaz de aliviar dores crônicas
Um potente anti-inflamatório capaz de aliviar dores de difícil controle está sendo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Butantan.

Agência Brasil/LD

\n \n Um\n potente anti-inflamatório capaz de aliviar dores de difícil controle está sendo\n desenvolvido por pesquisadores do Instituto Butantan. Os primeiros testes em\n animais comprovaram a eficácia do medicamento, que usa uma proteína presente no\n sangue. De acordo Renata Giorgi, pesquisadora do Laboratório de Fisiopatologia\n do instituto, essa descoberta é um avanço em relação às drogas disponíveis no\n mercado, pois, além de ser mais potente, pode ser administrada por via oral.\n \n “Descobrimos\n que algumas células dos glóbulos brancos contêm uma proteína capaz de inibir\n dor proveniente de processo inflamatório. Com a síntese de um pedacinho dessa\n proteína, a gente conseguiu que houvesse viabilidade de administração”, disse a\n pesquisadora à Agência Brasil. Segundo Giorgi, o tratamento de dores crônicas,\n de lesão de nervos, é difícil, pois algumas drogas, como morfina, perdem a\n efetividade com o tempo.\n \n Ela\n destacou que o estudo é inovador ao sintetizar uma proteína, chamada ligante de\n cálcio S100A9, produzida pelo próprio organismo. “Isso demonstra que, em\n determinadas condições, o próprio organismo tem capacidade de controlar a dor”,\n disse. Para fabricação do medicamento, os cientistas identificaram que apenas\n um pequeno pedaço da proteína é suficiente, o que viabiliza os custos de\n produção. “Em termos de proporção de dose, essa droga é mais potente”, declarou\n Giorgi.\n \n “Esses,\n no entanto, são apenas os experimentos básicos”, reforçou. A pesquisa parte\n agora para os testes de toxicidade. “Antes de qualquer coisa, tem que se\n realizado o estudo toxicológico. Estamos numa fase de programar o início desses\n estudos. Hoje em dia, leva algo em torno de 20 anos pra se comprovar a eficácia\n de uma droga e conseguir colocá-la no mercado como medicamento”, destacou\n Giorgi. Os estudos, que iniciaram há dez anos, continuam ainda com testes em\n animais.\n \n Serão\n feitos ainda levantamentos sobre o nível de tolerância do medicamento. “O\n paciente que é submetido à droga que tem efeito analgésico pode, à medida que\n vai sendo administrada, ficar tolerante ao medicamento. Então, tem que ser\n aumentada a dose para que se tenha o efeito desejado. Nós ainda vamos fazer\n esses estudos”, informou a pesquisadora.\n \n \n \n \n