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Ciência e Saúde
06/10/2017 12:21:00
Veja os nutrientes que previnem o câncer de mama

Metro/PCS

Chegou outubro, o mês da conscientização do câncer de mama, doença que é uma das principais causas de morte de mulheres no mundo. Mas, além de ser curável, desde que diagnosticada cedo, a doença é evitável. E a prevenção começa na nutrição.

É o que diz o nutrólogo Renato Lobo. “Nós já sabemos que a suplementação de alguns nutrientes consegue prevenir ou, em alguns casos, até ajudar a tratar o câncer em associação aos tratamentos comuns”. Ele ainda ressalta que a incidência de desnutrição em pacientes com câncer de mama chega a 35%.

Lobo cita como exemplo a vitamina D, cuja produção é estimulada pela luz solar. “Na maioria das vezes, o valor de referência desse nutriente está insuficiente, porque a pessoa não tem o costume de tomar sol.”

Segundo ele, estar com níveis adequados de vitamina D no corpo reduz em até 77% a chance de aparição de um câncer de mama. E, no caso de pacientes, a suplementação do nutriente reduz em 95% a chance de ocorrer uma metástase.

Estar bem nutrida é algo especialmente importante para as mulheres que fazem parte do grupo de risco, isto é, que têm mais chances para desenvolver o câncer de mama. O oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e diretor científico do Instituto Oncoguia, Rafael Kaliks, explica que esse grupo é composto por mulheres com mais de 40 anos, que fumam, com obesidade, que fazem ou fizeram reposição hormonal após a menopausa, que não têm filhos ou com predisposição genética – ou seja, mulheres com mãe ou tias que desenvolveram a doença antes dos 40 anos.

Autoconhecimento

Outro fator importante para a prevenção do câncer de mama é o autoconhecimento. “A mulher conhecer o próprio corpo torna mais fácil para que ela perceba alterações anormais”, afirma Kaliks. Qualquer mudança atípica nas mamas que dure mais de duas semanas, já requer atenção médica.

Por isso, o exame do toque é importante. Mas, a melhor forma para detectar um câncer de mama é a mamografia. “O problema é que as mulheres não fazem o exame”, diz o médico. O Ministério da Saúde recomenda que seja feito a partir dos 50 anos a cada dois anos. Para a comunidade médica, o ideal é que seja feito anualmente para mulheres a partir dos 40 anos de idade. “Se as mulheres seguissem essa recomendação já seria bom”, argumenta Kaliks.

Segundo ele, é mais comum que ginecologistas peçam o ultrassom das mamas para as pacientes, inclusive as mais jovens. Mas, não é o ideal, diz o médico. “Não permite chegar a nenhuma conclusão, só mostra pequenas alterações que servem apenas para preocupar as pacientes.”