Itens de doação danificados. (Foto: Fala Povo)

Muitas famílias perderam tudo o que tinham em meio às enchentes que atingiram cidades do Rio Grande do Sul. A tragédia mobilizou voluntários de todo o país, nas últimas semanas, que se empenham em arrecadar doações de itens pessoais para as vítimas e enviar às áreas atingidas.

Contudo, ao mesmo tempo em que chegam doações em perfeito estado, organizadas até mesmo por faixa etária, modelos e tamanho, outros itens doados parecem apenas descarte de lixo.

O caso tem indignado os voluntários nos pontos de coleta de doações, como o CTG Farroupilha, em Campo Grande. Segundo eles, a doação de itens estragados, que não se encontram em condições de uso, além de não ajudar na missão, atrapalha o trabalho dos voluntários, que precisam triar e descartar o lixo.

Caixas e sacolas separados na triagem para descarte.

Uma das voluntárias, de 38 anos, que prefere não se identificar, fala que tem pessoas de má índole e relaxadas que se aproveitam da situação, já que muitos voluntários vão nas casas buscar o material de doação. Por isso, mandam sapatos sem salto, descolando, sem cadarço e também roupas que deveriam ser descartados por estarem rasgadas.

“A gente acaba fazendo um retrabalho tendo que separar tudo isso. E enquanto isso tem pessoas muito caprichosas, que separam, etiquetam, uma pena todos não serem assim”, lamenta.

Voluntários de outras regiões do Brasil reclamam de situação

Em outros estados do Brasil, a situação se repete. Muitos voluntários têm publicado vídeos nas redes sociais para expor os casos e pedir por mais consciência, na hora de doar.

A regra é: doar aquilo que você gostaria de receber, em uma situação como essa. O ato ajuda não apenas quem vai ganhar os objetos, mas também quem está trabalhando na linha de frente das doações.

Em contrapartida, alguns usuários que receberam doações estão publicando vídeos no TikTok agradecendo os itens doados, e mostrando o quão ‘estilosos’ ficaram com a boa ação dos brasileiros.

O caso tem divertido os usuários nas redes sociais, dando um pouco de alívio e conforto, em meio ao sentimento de tristeza que ficou com a tragédia.