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Coxim
12/03/2019 10:22:00
Autores de assalto com reféns aos Correios têm R$ 350 mil bloqueados

Luma Danielle com Campo Grande News

Foto: PC de Souza

Segundo decisão publicada nesta segunda-feira (11) no Diário de Justiça Federal, o juiz federal Felipe Bittencourt Potrich, substituto da 1ª Vara de Coxim, decretou o bloqueio de até R$ 350 mil de dois suspeitos de participação no assalto a uma agência dos Correios.

A aceitação da denúncia contra a dupla, feita pelo (Ministério Público Federal) também foi publicada. No dia do crime funcionários foram feitos reféns e só liberados mediante negociação com as autoridades.

Segundo o site Campo Grande News, a decisão de bloqueio de patrimônio dos denunciados – Thiago Ferreira da Silva e Ezequiel de Matos Silva– atende a pedido do MPF, que busca garantir a indenização mínima de danos morais causados às vítimas e a coletividade com o crime.

Para sustentar o pedido, a Procuradoria reforça que houve prisão em flagrante dos agora réus. O juiz considerou a impossibilidade de controlar possível transferência de bens da dupla a terceiros geraria dificuldades de ressarcimento e de quitação de multas e custas do processo.

A acusação do MPF se vale do registro da ocorrência policial, feito na 1ª Delegacia de Coxim. Conforme a denúncia, em 1º de fevereiro deste ano, por volta das 12h50, uma funcionária chegava do almoço e se deparou com Ezequiel, que teria questionado o horário de funcionamento da agência e, logo em seguida, anunciou o assalto, levando a primeira vítima para o pátio do prédio pela porta dos fundos.

Negociação

Thiago chegou pouco depois em uma motocicleta, apontando que o roubo “era fruto de um cuidadoso estudo sobre as rotinas da agência”, narra a inicial. Ezequiel ainda perguntou à funcionária sobre a presença do gerente, que já deveria ter chegado ao local. Portando uma arma calibre .32 oxidada, ele seguiu para a tesouraria, que estava trancada –apenas o gerente tinha a chave. Diante disso, a funcionária foi levada para a cozinha por Thiago.

Quando chegou ao local, o gerente percebeu o alarme desligado, sendo imediatamente rendido por Ezequiel, que exigiu que a tesouraria fosse aberta. O cofre, porém, tinha programação e só abriria em horário determinado. Foi quando uma segunda funcionária chegou para o trabalho, sendo também rendida e levada para a cozinha. Depois, as servidoras foram colocadas na tesouraria com o gerente pelos criminosos, que exigiram a entrega de todos os recursos nos caixas.

Os assaltantes confeccionaram um cartaz, fixado na porta, informando que, por problemas técnicos, a agência só abrir as 14h. O fato chamou a atenção de uma terceira funcionária que chegara e, ao perceber algo errado, acionou a Polícia Militar, que cercou o perímetro da agência. Ezequiel e Thiago iniciaram negociação via telefone, pedindo a presença da Defensoria Pública e de um advogado para, finalmente, liberarem as reféns e se entregarem, segundo narrou o registro policial –antes, porém, tentaram destruir seus telefones celulares.