VERSÃO DE IMPRESSÃO
Economia
14/05/2019 11:27:00
Setor de serviços cai 0,7% em março, 3º recuo mensal seguido
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, queda foi de 2,3%, a mais intensa desde maio de 2018 (-3,8%), confirmando a perda de fôlego da economia neste começo de ano.

G1/PCS

O volume do setor de serviços caiu 0,7% em março frente a fevereiro, segundo divulgou nesta terça-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com março do ano passado, a queda foi de 2,3%, a mais intensa desde maio de 2018 (-3,8%), interrompendo uma sequência de 7 taxas positivas nessa base de comparação.

"Com isso, o setor acumula queda de 1,7% nos três primeiros meses do ano e elimina a alta de 0,9% entre outubro e dezembro de 2018", destacou o IBGE.

No acumulado em 12 meses, a alta acumulada passou de 0,7% em fevereiro para 0,6% em março, interrompendo a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017 (-5,1%), confirmando a perda de fôlego da recuperação da economia neste início de ano.

Queda de 0,6% no 1º trimestre

Segundo o IBGE, o setor de serviços teve queda de 01,6% no 1º trimestre, na comparação com o 4º trimestre. Trata-se também da primeira queda trimestral após uma sequência de 2 altas (1% no 3º trimestre e 0,6% no 4º trimestre).

O resultado do setor de serviços, que representa cerca de 70% do PIB (produto Interno Bruto) do país, reforça a expectativa de uma estagnação ou até mesmo retração da atividade econômica no 1º trimestre deste ano.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) avaliou nesta terça-feira que os indicadores apontam para um desempenho da economia brasileira "aquém do esperado" no primeiro trimestre e da probabilidade de queda do PIB no período.

Resultado por atividades

A queda de 0,7% em março, foi acompanhada por 3 das cinco atividades pesquisadas, com destaque para a pressão negativa de serviços de informação e comunicação (-1,7%). Houve também recuo em serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,1%) e outros serviços (-0,2%). Já os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,5%) e os serviços prestados às famílias (1,4%) apresentaram altas.