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Esportes
13/11/2017 14:16:00
Bandeira evita análises e diz que "nunca pode ficar satisfeito com nada" no Fla

G1/LD

Perto de entrar no último ano de sua gestão de dois mandatos, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, ainda acredita num fim de 2017 o melhor possível para o time. Evitando cobranças e críticas públicas à equipe, ele admitiu, em entrevista na manhã desta segunda-feira ao GloboEsporte.com, insatisfação com o desempenho do Flamengo no Brasileiro.

A derrota para o Palmeiras (2 a 0) estacionou o Flamengo na sétima posição - com 50 pontos. O time pode ficar a sete pontos do quarto colocado, caso o Santos vença a Chapecoense hoje. Isso tudo faltando quatro rodadas para terminar a competição.

Questionado sobre a campanha decepcionante no Brasileiro, Bandeira usou poucas palavras para falar do trabalho do departamento de futebol a poucos dias dos confrontos com o Junior Barranquilla, pela semifinal da Sul-Americana.

De maneira genérica, disse que o torcedor do Flamengo nunca deve ficar satisfeito.

  • A gente sempre tem que ter a expectativa maior possível e nunca podemos ficar satisfeitos com nada. Se o Flamengo tivesse ganho a Libertadores, eu não ia estar satisfeito porque eu ia querer ser campeão do mundo. Então quem é Flamengo não pode ficar avaliando o que foi feito, se é satisfatório... nunca é satisfatório. Tem que sempre mirar o objetivo mais alto possível - disse Bandeira.

Ao afirmar que "não gosta de fazer avaliações públicas", o presidente disse que as avaliações do trabalho do grupo e do técnico colombiano Reinaldo Rueda, que completa três meses de clube nesta terça-feira, serão colocadas em reuniões de diretoria. Mas deixou no ar que muita coisa pode mudar para 2018 no caso de novos fracassos nas missões que restam na temporada: o título da Sul-Americana e a vaga direto para a fase de grupos da Libertadores 2018 pelo Brasileiro.

  • Não falo sobre coisas que são discutidas internamente. O que posso dizer é que a torcida pode ficar absolutamente tranquila em relação ao nosso esforço, à nossa determinação em fazer o melhor possível. Em terminar o ano da melhor maneira possível. Dependendo da maneira que a gente terminar o ano isso vai se refletir também no ano que vem - afirmou.

Bandeira sobre críticas de Rueda à equipe: "Ele defende o grupo"

Se Bandeira é ponderado ao comentar a decepção com a campanha do Flamengo no Brasileiro, Rueda tem sido mais ríspido ao comentar as derrotas do time. Em entrevista coletiva em São Paulo, na Arena palmeirense, considerou "inacreditável" o início da partida e afirmou que "não tinha cabimento" perder daquela maneira.

O GloboEsporte.com indagou Bandeira sobre a maneira com que os jogadores poderiam encarar críticas mais severas e se isso ser refletiria dentro do vestiário rubro-negro.

  • Ele expôs alguém? Deixou alguém em situação difícil? Não, muito pelo contrário. Ele defende o grupo. Ele não falou nada. Se alguém está falando que ele expôs algum jogador... O que ele falou é que o resultado de ontem foi insatisfatório, o que envolve o trabalho de todo mundo. O dele, o meu, dos jogadores, de todos. Está todo mundo consciente disso - garantiu Eduardo Bandeira de Mello.

Presidente "não vê reflexo político nenhum" na saída de VPs

Para Bandeira, a saída de dois vice-presidentes nos últimos dias - Rafael Strauch, da vice-presidência de administração, e Edmilson Varejão, vice de secretaria, este já substituído por Gilberto Freitas Magalhães - não tem qualquer conotação política. O presidente do Flamengoi foi enfático ao dizer que a dupla deixou as pastas por motivos pessoais e profissionais.

  • Não tem reflexo político nenhum. A realidade é que são pessoas que são muito caras a mim, que gosto muito, são quase filhos meus de tanto tempo que convivemos, trabalhando juntos. Mas tenho que respeitar, é uma situação pessoal e profissional que eles estão vivendo. Vão fazer muita falta no dia a dia, mas vão estar sempre conosco. Tenho certeza que se precisar é só pedir que eles vão ajudar sempre o Flamengo - garantiu Bandeira, negando que a movimentação o isole no clube ou signifique rompimento político.