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Esportes
12/01/2018 07:55:00
Comissão eleitoral do Corinthians discute impugnação de candidatos à presidência

Globo Esporte/LD

A comissão eleitoral do Corinthians discute a impugnagação de candidaturas à presidência do clube. Os membros do órgão se reuniram nos últimos dias e decidiram que um parecer será formulado até a próxima segunda-feira.

Em dezembro, um sócio protocolou pedido para impugnar a candidatura de Antônio Roque Cittadini, com o argumento de que ele faz parte do Tribunal de Contas do Estado, o que o impediria de concorrer a cargos administrativos no clube. Cittadini alega que há jurisprudência a seu favor e que esta é uma questão a ser discutida no Tribunal, não no Timão.

Outro candidatura sob risco é a de Paulo Garcia, que admitiu ter feito pagamentos para regularizar sócios em troca de votos.

Segundo Miguel Marques e Silva, presidente da comissão eleitoral do Corinthians, um outro candidato também pode ser suspenso.

– Pode haver até uma terceira (impugnação), dependendo do que apurarmos no que tange ao pagamento das obrigações financeiras em decorrência da aludida “anistia” – afirmou, fazendo referência à polêmica promoção do clube para a reativação de sócios.

Também chegou à comissão eleitoral um pedido para investigação do candidato Felipe Ezabella, sob alegação de que ele é advogado e procurador do jogador Elias, tendo supostamente participado das negociações de sua chegada e saída do Corinthians, enquanto ocupava o cargo de conselheiro do clube. Outra acusação é de que Ezabella se elegeu para o Conselho em 2007 sem ter condições estatutárias para tal, já que ainda não havia completado cinco anos como sócio.

No entanto, o presidente da comissão eleitoral ressalta que não há nenhuma apuração em curso em relação a Ezabella, "apenas comentários". Ao GloboEsporte.com, o candidato disse ser o advogado de Elias para questões particulares e negou ter participado da transferência do jogador e ter recebido para isso.

Sobre a eleição de 2007, Ezabella afirma que o estatuto da época não exigia que os sócios remidos (como era seu caso) tivessem um tempo mínimo de associação. O candidato diz desconhecer qualquer pedido de esclarecimento sobre o assunto.

Vale ressaltar que a comissão eleitoral não tem poder de vetar qualquer candidatura. Ela formulará um parecer, que pode ser ou não acatado pelo presidente do Conselho Deliberativo do clube, Guilherme Strenger.

A eleição do Corinthians acontecerá em 3 de fevereiro e definirá o presidente e os 200 conselheiros dos próximos três anos. Concorrem à presidência Andrés Sanchez, Antônio Roque Cittadini, Felipe Ezabella, Paulo Garcia e Romeu Tuma Júnior.