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Esportes
09/10/2017 14:16:00
Rodriguinho admite queda e entende críticas no Corinthians: "Acaba sobrando"

Globo Esporte/LD

Protagonista do Corinthians na conquista do Campeonato Paulista e na campanha histórica do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o meia Rodriguinho admite que não está rendendo tudo o que pode na atual fase da temporada. Mesmo assim, tenta voltar a brilhar e confirmar 2017 como o melhor ano de sua carreira.

Em entrevista ao repórter Abel Neto, da TV Globo, e ao GloboEsporte.com, o meia falou sobre presente e futuro – tanto dentro de campo, com a Seleção na mira, quanto fora, com um namoro que o fez mudar sua rotina nos momentos de folga.

Confiante, ele acredita que o Corinthians pode iniciar sua volta por cima nesta quarta-feira, contra o Coritiba, às 21h (de Brasília), em Itaquera.

– É normal, quando as vitórias não vêm, algumas críticas acontecem. Acaba sobrando para alguém, como falamos no futebol. É a equipe como um todo, não podemos pegar só um para Cristo, o coletivo é muito importante. Sei que tenho minha importância, mas o conjunto tem de fazer a diferença. Vamos voltar ao rumo – afirmou.

Veja abaixo a íntegra da conversa com Rodriguinho:

O ano de 2017 é o melhor da sua carreira? – Acho que é o melhor e mais importante, principalmente depois do título paulista, foi um dos melhores campeonatos que já fiz. Depois teve o primeiro turno do Brasileiro, sendo importante e ajudando o time a conquistar essa grande vantagem. É torcer para terminar o ano com esse Brasileiro, e sem dúvida será a melhor temporada da minha carreira.

Por outro lado, o time caiu de rendimento no segundo turno. Muito se fala de Jadson e Rodriguinho. Você concorda? Caiu? – É normal, quando as vitórias não vêm, algumas críticas acontecem. Acaba sobrando para alguém, como falamos no futebol. É a equipe como um todo, não podemos pegar só um para Cristo, o coletivo é muito importante. Sei que tenho minha importância, mas o conjunto tem de fazer a diferença.

Ainda pensa em seleção brasileira? Tem chances de ir para a Rússia? – Lógico que penso, já tive oportunidade de ir com o Tite, foi um sonho realizado, e ainda quero correr atrás disso. É manter a cabeça no lugar, fazer boas partidas, para poder estar nessa Copa. Caso contrário, vou trabalhar para estar na próxima. Temos de sonhar com coisas grandes.

O elenco é suficiente para vencer o Brasileirão? – Isso do elenco se deve ao fato de pararmos de ganhar. Muitas vezes já aconteceu de jogadores importantes saírem, e o time continuar ganhando. Ninguém nunca falou isso. Quando as vitórias não vêm, isso acontece. Temos bons jogadores, sempre dão conta do recado. É só voltar a ganhar, que isso vai sumir.

Quais são os seus grandes jogos nesse campeonato? – Dois lances ficaram bem marcados, muitos amigos me mandaram. O drible no Leonardo Silva, contra o Atlético-MG, e a jogada em cima do Júnior Tavares contra o São Paulo. Muitos memes, vi muita coisa na internet. Esses lances acabam se eternizando.

Como está o clima no elenco? De preocupação? Tranquilidade? – As coisas ficam um pouco difíceis aqui quando começam a não dar certo. Pela gordura que temos no campeonato, é mais tranquilo. Sabíamos que uma hora iríamos tropeçar, mas isso não pode nos abalar. A cabeça está boa para as coisas voltarem ao normal e o campeonato terminar muito bem. Assim como seguramos a euforia no primeiro turno, também estamos tentando manter a cabeça no lugar agora. Daqui a pouco, volta ao curso normal.

Você acha que demorou a engrenar no Corinthians? – Uma vez conversei com meu irmão, eu estava explicando para ele que não é fácil chegar aqui e jogar. Cheguei em 2013, com uma equipe campeã de tudo, eu tinha vindo de uma Série B pelo América-MG. Dificilmente eu chegaria e tomaria o lugar de alguém. Por isso demorou um pouco. Sofri um pouco. Aqui, ou você é muito bom, ou não presta. Não tem meio termo. Nesse momento difícil, procurei buscar apoio na família. Nunca duvidei do potencial.

Qual a importância de Tite e Fábio Carille na sua carreira? – Cresci muito com o Tite, vim de uma Série B, e peguei um treinador de alto nível. Consciência tática muito grande, passa isso para os atletas. Aprendi demais com ele, fico feliz de ter a confiança de um técnico tão bom. Como pessoa também é ótimo. O Carille aprendeu muito com ele também, é uma das principais inspirações. Está conseguindo fazer um ótimo trabalho e consolidando sua carreira como treinador. Conseguiu encaixar nosso time muito bem.

O jogo contra o Coritiba preocupa por causa dos últimos resultados em Itaquera? – Lógico que preocupa, todo jogo do Brasileiro é difícil, mesmo que o adversário esteja na zona de rebaixamento. Geralmente, essas equipes exploram um erro nosso, contra-ataques. Estamos trabalhando bastante para minimizar os erros de outros jogos.

E fora de campo? Está namorando agora? Como tem aproveitado as folgas? – Sim, há dois meses, estamos nos conhecendo. Como estou namorando, está um pouco diferente a rotina. Cineminha, teatro, show de stand-up comedy, filmes, música. Gosto de todos os tipos de música. Do reggae ao pagode, sertanejo, eletrônico, gosto de muita coisa mesmo.