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Geral
06/03/2019 15:54:00
Flamengo abre diálogo e vai se reunir com famílias de Vitor Isaías e Bernardo Pisetta na próxima semana

Globo Esporte/LD

Passado o Carnaval, o Flamengo retomou as negociações com as famílias das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu, que matou 10 jovens das categorias de base no início de fevereiro. Nesta quarta-feira, o clube o deu o primeiro passo para um entendimento com os representantes de Vítor Isaías e Bernardo Pisetta. As partes vão se reunir na próxima semana.

Diretor-jurídico do Flamengo, Bernardo Aciolly conversou com o advogado Thiago d’Ivanenko, representante legal das duas famílias. As partes demonstraram interesse em negociar, e as tratativas estão previstas para o início da próxima semana, no Rio de Janeiro. Os familiares moram em Santa Catarina.

  • Tinha programado com duas famílias de tentar alinhar uma agenda com o Flamengo depois do Carnaval. É o momento de sentar, conversar e ouvir o que o Flamengo tem a dizer. Muito provavelmente estarei no Rio no início da próxima semana, com um representante de cada família, para iniciar as conversas com o Flamengo. Na verdade, até agora não houve proposta concreta por parte do clube. Vamos nos reunir e partir de alguns requisitos básicos - revelou Thiago d’Ivanenko, advogado das duas famílias, ao GloboEsporte.com.

Até o momento, o Flamengo fechou um acordo de indenização. Nomes e valores são mantidos em sigilo por questões de segurança. O clube já abriu conversas com outras cinco famílias.

No grupo de Whatsapp dos advogados de todas as vítimas, ninguém confirma o acordo fechado. No entanto, algumas famílias afirmam estar em negociação com o Flamengo.

  • Cada família tem suas necessidades. Os advogados são simplesmente instrumentos para que as conversas tenham um nível técnico. Não somos nós que temos que dizer o valor. Temos é que tentar buscar o valor que as famílias querem - disse o advogado.

O valor mínimo indenizatório estipulado pelo Ministério Público foi de R$ 2 milhões, além de R$ 10 mil até que período em que as vítimas completassem 45 anos, se estivessem vivas. O Flamengo acenou com R$ 700 mil para cada família, além de três salários mínimos por 10 anos. No entanto, a ideia do clube é individualizar as negociações para atender as necessidades específicas de cada família.