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Geral
09/08/2018 15:26:00
Presos mantêm seis reféns de rebelião no CDP de Taubaté; sete já foram liberados

G1/LD

Detentos mantêm a rebelião nesta quinta-feira (9) no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Taubaté (SP). O motim já dura mais de 24 horas e sete das 13 pessoas feitas reféns foram libertadas. Ao todo, seis pessoas ainda são mantidas reféns.

O motim começou no início da tarde de quarta-feira (8) quando detentos renderam dois agentes e outras 11 pessoas ligadas à igrejas que fazem obras dentro da unidade. Eles atearam fogo em colchões e destruíram grades das celas. Na ação, eles ainda fizeram passagens nos muros que dividem as alas.

O primeiro refém foi liberado ainda na tarde desta quarta-feira (8) – uma mulher ligada à igreja Assembleia de Deus de Guaratinguetá. Às 21h e às 22h40 outros dois religiosos foram liberados. Nesta quinta-feira (9), quatro pessoas foram liberadas. A primeira foi às 8h20, a segunda, por volta das 10h, e às 14h47, mais dois reféns foram libertados. Ninguém estava ferido.

Inicialmente a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) tinha informado que ao todo eram 14 reféns, mas corrigiu o dado nesta quinta. Segundo a secretaria, um dos reféns que foi liberado na quarta-feira, da Assembleia de Deus, havia sido contado duas vezes, porque quando entrou na unidade ele entregou o RG e a carteira que libera a entrada para assistência religiosa nos presídios do Estado.

Segundo a SAP ainda são mantidos seis reféns no CDP, entre eles dois agentes penitenciários. Os demais são voluntários ligados a movimentos religiosos e são membros das igrejas ‘Deus é Amor’, ‘Cristo é Luz e Vida’, Assembleia de Deus e Capelania de Taubaté.

A Polícia Militar está no local acompanhando a ação. O Ministério Público e a juíza corregedora Sueli Zeraik estiveram no local para negociar com os detentos. De acordo com a apuração do G1, apesar das tratativas, os presos não teriam apresentado uma pauta de reivindicações.

Uma comissão de representantes da sociedade, que está acompanhando o caso, conversou com as famílias dos presos à noite para explicar como as negociações estavam sendo conduzidas.

A unidade tem capacidade para 844 detentos e, superlotada, atualmente abriga 1.521 internos.