\n \n Dados inéditos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre os\n salários de seus funcionários demonstram um descontrole no pagamento de horas\n extras no período eleitoral de 2012, segundo O Estado de S. Paulo. Só em\n novembro, o gasto com esses adicionais foi de cerca de R$ 3,8 milhões para\n pagamento dos 567 funcionários que alegam ter dado expediente fora de hora. \n \n Entre setembro e novembro, essas horas extras totalizaram R$ 9,5\n milhões. Somados aos salários, os valores adicionais permitiram a esse grupo de\n funcionários receber, no fim de novembro, mais do que os próprios ministros.\n \n A apuração indica que, naquele mês, 161 servidores do TSE\n receberam de R$ 26.778,81 a R$ 64.036,74. Uma averiguação preliminar foi aberta\n por ordem da presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia. Por enquanto, dois\n assessores próximos à presidente deixaram seus cargos.\n \n Há registros de funcionários que tiveram de devolver parte do\n dinheiro recebido como hora extra. Outros casos estão sob análise. Há casos em\n que o servidor contabilizou R$ 29 mil de horas extras num único mês. Embora em\n alguns casos tenham ocorrido pagamentos eventuais (férias, por exemplo), os\n valores, de modo geral, crescem sobretudo por causa das horas extras. \n \n Há relatos não oficiais sobre servidores que iam ao tribunal no\n fim de semana de bermuda e camiseta só para registrar o ponto da hora extra.\n Voltavam no fim do dia para nova marcação. No TSE, o registro é feito por meio\n do método biométrico, com a digital do funcionário. \n \n \n \n \n