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Meio Ambiente
27/08/2018 17:19:00
Preguiça é vantagem evolutiva, aponta estudo
A preguiça que você sente não é defeito, é qualidade; mas não para todas as espécies

NM/PCS

Por que sentimos preguiça? Para sobreviver, segundo pesquisadores, que analisaram 300 formas de molusco que viveram e morreram no Atlântico nos últimos 5 milhões de anos. Segundo os cientistas, a preguiça e não a força foi determinante para que os animais superassem as barreiras evolutivas e perpetuassem a espécie.

Os cientistas descobriram que os mexilhões, vieiras e demais moluscos que queimaram mais energia na vida tiveram mais chances de serem extintos do que os animais que viviam em pequenos habitats oceânicos.

"Quanto menor a taxa metabólica, maior a chance de sobrevivência das espécies a que você pertence", disse Bruce Lieberman, professor de ecologia e biologia evolutiva que liderou a pesquisa publicada no periódico Proceedings of the Royal Society B. na Universidade de Kansas, ao The Guardian.

"A explicação provável é que as coisas mais lentas ou preguiçosas tinham menor necessidade de energia ou alimentos e, portanto, poderiam se contentar com pouco quando os tempos estavam ruins", disse Lieberman. Contudo, os pesquisadores acreditam que a máxima não valha para as espécies que vivem em terra. “A preguiça da humanidade, quando se trata de tentar deter as mudanças no planeta que estamos causando, pode ser o maior perigo que nossa própria espécie enfrenta”.