VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
20/08/2018 10:36:00
Adolescente pede socorro ao Conselho Tutelar e padrasto é preso por estuprar enteada

Sheila Forato

Foto: Sheila Forato/Arquivo

O caso foi levado a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) na sexta-feira (17), pelo Conselho Tutelar de Coxim, depois de um pedido de socorro feito por uma das vítimas. O açougueiro M.C., de 46 anos, foi preso e vai responder por estupro de vulnerável.

É importante ressaltar que o Edição MS não divulga o nome completo e a foto para preservar a identidade das vítimas. Uma vez que o autor é padrasto das meninas, que seriam facilmente identificadas por conhecidos, neste caso.

Segundo a adolescente, de 13 anos, ela é obrigada a manter relação sexual com o padrasto há um ano, desde que a família morava numa fazenda. Ela recorda que a primeira vez foi no mangueiro da fazenda. Sob ameaça de morte contra toda a família, ele obrigou a menina tirar a roupa e dar início ao sexo oral, em seguida manteve relação sexual com a adolescente.

Assim que o padrasto deu início a penetração, a adolescente pedia que parasse, pois estava machucando e ele mandava ela calar a boca. Ao chegar em casa, determinou que ela tomasse banho. Conforme o registro feito na polícia, o estupro foi praticado várias vezes, tendo ele, inclusive, ejaculado na menina, que recebeu remédio para não engravidar.

Além das ameaças sofridas, a adolescente enfrentava dificuldades para denunciar os abusos, pois a mãe é surda e muda. O padrasto chegava ao ponto de chamar a menina de amor dentro de casa. Ela narrou que todas as vezes que ele ia para cima recebia negativa, mas, logo, ameaçava matar toda a família com uma arma artesanal e a adolescente acabava se rendendo.

A mãe chegou a se separar do autor, elas foram morar em Campo Grande, mas, em pouco tempo o casal reatou e elas voltaram para Coxim. Atualmente a família mora na Vila Bela. De acordo com a adolescente, o padrasto também já estava começando a mexer com a irmã mais nova, que tem 9 anos.

As duas já estão inseridas na rede de proteção do município, onde recebem atendimento médico e psicológico. O Conselho Tutelar pede que os pais fiquem atentos com seus filhos, pois o abuso sexual geralmente parte de pessoas próximas à família, que estão acima de qualquer suspeita.

Denúncias podem ser feitas através do 67 99963-1056. Lembrando que sua identidade será mantida em sigilo.