CNN/PCS
O policial militar Jeferson Luiz Sagaz e a esposa, Ana Carolina, morreram após uma combinação entre a concentração de álcool e drogas com a imersão em água aquecida, segundo a polícia. O casal foi encontrado morto na banheira de um motel em São José, na Grande Florianópolis, em agosto deste ano.
"As concentrações encontradas, tanto de droga quanto de álcool, já poderiam ser suficientes para causar uma toxicidade significativa a ponto de levar ao óbito, mas a combinação delas com o fator térmico do ambiente é o que aumentou o risco da morte", declarou a perita-geral da Polícia Científica, Andressa Boer.
A polícia também descartou qualquer hipótese de morte por choque elétrico, afogamento, intoxicação ou ação violenta de terceiros.
Intoxicação exógena
As investigações apontam que o PM e a esposa morreram por intoxicação exógena. A condição, portanto, favoreceu um processo de intermação — quando há um aumento anormal da temperatura corporal interna devido ao calor — e provocou desidratação intensa e colapso térmico no casal.
"Esses óbitos aconteceram por conta de condições multifatoriais, tanto por conta do comportamento tóxico, porque foram encontradas concentrações de cocaína e etanol, quanto por conta do fator físico, que foi a imersão na água aquecida, que agiram de forma sinérgica e culminaram nas mortes", concluiu a Polícia Civil.
O diretor de Medicina Legal, Fernando Oliva da Fonseca, disse que a situação acontece quando uma pessoa fica presa em um local muito quente, sem ventilação.
"A tendência, ao entrar em uma banheira, é se sentir confortável. Se ela vai esquentando demais, a pessoa normalmente tem a reação de desligar, misturar com água fria ou sair da banheira", exemplificou Fonseca. Durante as investigações foram ouvidas oito pessoas, sendo familiares e pessoas próximas ao casal.
Relembre o caso
Jefferson Luiz Sagaz, de 37 anos, e a companheira dele, a empresária Ana Carolina Silva, de 41 anos, foram encontrados mortos em um motel de São José na Grande Florianópolis, entre a noite do dia 11 e a madrugada do dia 12 de agosto deste ano.
À época do caso, familiares publicaram pedidos de ajuda em busca de informações sobre o paradeiro do casal, já que eles haviam desaparecido um dia antes. A Polícia Civil e a Polícia Científica de Santa Catarina estiveram no local do ocorrido, onde encontraram os corpos sem sinais aparentes de violência.
Quem era o casal encontrado morto em motel de SC
Ana era proprietária de uma esmalteria e Jefferson era policial militar. Os dois eram naturais de Santa Catarina e deixaram uma filha. Nas investigações, foi constatado que Jefferson estava de folga no dia da morte e que nenhuma das circunstâncias apresentadas indicaram relação com o serviço militar.