Polícia
22/03/2014 09:59:16
Com 3 mortos, policiais se revoltam e dizem que não "aguentam mais"
Só em 2014, três policiais civis perderam a vida no exercer da atividade profissional em Mato Grosso do Sul, média de um por mês.
CGNews/AB
Só em 2014, três policiais civis perderam a vida no exercer da atividade\n profissional em Mato Grosso do Sul, média de um por mês. Dirceu, \n Marcílio e Weslen foram arrancados de suas famílias e da sociedade que\n protegiam. Os assassinatos deixaram a categoria, representada pelo \n Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), revoltada.\n Não aguentamos mais, diz o presidente do sindicato, Alexandre Barbosa\n da Silva.
Para ele, a responsabilidade das mortes é\n do Estado. Muitos falam que é fatalidade, mas o que acontece é a falta\n de efetivo, de estrutura e de condições de trabalho. Isso ocasiona uma \n sobrecarga de serviço policial. Faltam policiais e faltam até munições. \n Todo esse contexto acaba afetando, ocasionalmente, essas fatalidades, \n avalia.Barbosa lembra que a Polícia \n Civil de Mato Grosso do Sul tem destaque nacional na elucidação de \n crimes; uma classificação de 67% de resolução de casos. Estamos 34% \n acima da media nacional, afirma. Para ele, policiais sempre defendem a \n sociedade, mesmo não estando em serviço. É policial sempre.Essa\n sobrecarga de serviço, atrelada a falta de efetivo déficit 1,1 mil \n policiais, afirma Barbosa , faz com que policiais acabem esgotados e no\n limite. A Polícia Civil não tem hora extra e o policial não tem hora e\n nem dia para trabalhar, opina. Todos esses fatores, para o sindicato, \n influenciaram na morte dos servidores do Estado.O\n caso do Marcílio que morreu em Paranhos, por exemplo, é um desses. Ele \n estava sozinho fazendo uma investigação e acabou morto. Isso ocorre \n porque não fazem um reposição correta dos policiais, além da falta de \n efetivo, pontua.Outro fator \n determinante, na opinião do sindicato, que facilita o lado da \n criminalidade, é a custódia de presos nas delegacias. O policial civil \n que faz a investigação acaba sendo reconhecido pelo fato de o preso \n estar em delegacias. Quem investiga não Pode cuidar de preso, defende.Procurada\n pela reportagem, a assessoria da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça\n e Segurança Pública) emitiu nota informando que os policiais, no \n cumprimento do dever, colocam em risco a própria vida para proteger a \n vida, o patrimônio, a liberdade e os diretos e garantias individuais do \n cidadão.Com certeza, os policiais \n mortos em serviço arcam com o pesado ônus, eles com a vida e seus \n familiares com as consequências, aliás, os crimes praticados contra os \n policiais deveriam ser motivo de agravante no código penal porque esses \n crimes atingem não só o policial, mas, principalmente, os representantes\n do poder de polícia do estado brasileiro, atingindo a democracia do \n País.Sobre os investimentos na \n segurança pública, a Sejusp informa que, de novembro de 2013 até julho \n de 2014, serão entregues 495 viaturas para todas as instituições. Ainda\n este ano, serão contratados 1.391 novos servidores para todas as \n instituições de segurança pública do Estado, sendo que para a Polícia \n Civil serão 320 novos policiais.A \n secretaria lembra que no próximo dia 27, 53 novos delegados tomarão \n posse, além da compra de mobiliário, armamento, munição, fardamento e \n outros para todas as instituições.Tudo\n isso com vistas ao aperfeiçoamento da gestão de todas as instituições, \n com base no programa de redução da criminalidade, avaliação de \n desempenho institucional e dos dirigentes com foco nos crimes que mais \n impactam a sociedade, que são aqueles contra a vida e contra o \n patrimônio.Greve \n Hojenbsp;(22) será realizada uma assembleia no sindicato que decidirá uma \n possível greve dos policiais militares. Não aguentamos mais. Se não \n tiver sinalização sobre melhorias, possivelmente entraremos em greve, \n diz Barbosa.Estamos revoltados com \n as mortes de nossos companheiros, que estão na linha de frente. Nos \n inspiramos neles para termos forças para conseguirmos lutar em prol de \n nós mesmos e dizer que a morte deles não foram em vão, emenda.Mortesnbsp;nbsp;O\n primeiro caso de assassinato de policiais civis de Mato Grosso do Sul \n ocorreu no dia 28 de janeiro em Campo Grande. O investigadornbsp;Dirceu \n Rodrigues dos Santos, 38 anos,nbsp;foi baleado com dois tiros na testa e na \n nuca durante uma investigação de um furto de uma joia avaliada em R$ 80 \n mil no bairro Campo Nobre.Já no dia \n 12 de fevereiro, em Paranhos, a 469 quilômetros da Capital, o \n papiloscopista Marcílio de Souza, 51, foi metralhado e morto em uma \n lanchonete a 100 metros da linha da fronteira com o Paraguai. Ele \n voltava de um prédio da Polícia Paraguaia, onde foi informar o furto de \n um trator ocorrido em Sete Quedas.A \n morte mais recente aconteceu no dia 12 de março. O investigadornbsp;Weslen \n de Souza Martins, 36, foi morto com um tiro no coração minutos após o \n roubo a uma farmácia na Vila Bandeirantes.
Para ele, a responsabilidade das mortes é\n do Estado. Muitos falam que é fatalidade, mas o que acontece é a falta\n de efetivo, de estrutura e de condições de trabalho. Isso ocasiona uma \n sobrecarga de serviço policial. Faltam policiais e faltam até munições. \n Todo esse contexto acaba afetando, ocasionalmente, essas fatalidades, \n avalia.Barbosa lembra que a Polícia \n Civil de Mato Grosso do Sul tem destaque nacional na elucidação de \n crimes; uma classificação de 67% de resolução de casos. Estamos 34% \n acima da media nacional, afirma. Para ele, policiais sempre defendem a \n sociedade, mesmo não estando em serviço. É policial sempre.Essa\n sobrecarga de serviço, atrelada a falta de efetivo déficit 1,1 mil \n policiais, afirma Barbosa , faz com que policiais acabem esgotados e no\n limite. A Polícia Civil não tem hora extra e o policial não tem hora e\n nem dia para trabalhar, opina. Todos esses fatores, para o sindicato, \n influenciaram na morte dos servidores do Estado.O\n caso do Marcílio que morreu em Paranhos, por exemplo, é um desses. Ele \n estava sozinho fazendo uma investigação e acabou morto. Isso ocorre \n porque não fazem um reposição correta dos policiais, além da falta de \n efetivo, pontua.Outro fator \n determinante, na opinião do sindicato, que facilita o lado da \n criminalidade, é a custódia de presos nas delegacias. O policial civil \n que faz a investigação acaba sendo reconhecido pelo fato de o preso \n estar em delegacias. Quem investiga não Pode cuidar de preso, defende.Procurada\n pela reportagem, a assessoria da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça\n e Segurança Pública) emitiu nota informando que os policiais, no \n cumprimento do dever, colocam em risco a própria vida para proteger a \n vida, o patrimônio, a liberdade e os diretos e garantias individuais do \n cidadão.Com certeza, os policiais \n mortos em serviço arcam com o pesado ônus, eles com a vida e seus \n familiares com as consequências, aliás, os crimes praticados contra os \n policiais deveriam ser motivo de agravante no código penal porque esses \n crimes atingem não só o policial, mas, principalmente, os representantes\n do poder de polícia do estado brasileiro, atingindo a democracia do \n País.Sobre os investimentos na \n segurança pública, a Sejusp informa que, de novembro de 2013 até julho \n de 2014, serão entregues 495 viaturas para todas as instituições. Ainda\n este ano, serão contratados 1.391 novos servidores para todas as \n instituições de segurança pública do Estado, sendo que para a Polícia \n Civil serão 320 novos policiais.A \n secretaria lembra que no próximo dia 27, 53 novos delegados tomarão \n posse, além da compra de mobiliário, armamento, munição, fardamento e \n outros para todas as instituições.Tudo\n isso com vistas ao aperfeiçoamento da gestão de todas as instituições, \n com base no programa de redução da criminalidade, avaliação de \n desempenho institucional e dos dirigentes com foco nos crimes que mais \n impactam a sociedade, que são aqueles contra a vida e contra o \n patrimônio.Greve \n Hojenbsp;(22) será realizada uma assembleia no sindicato que decidirá uma \n possível greve dos policiais militares. Não aguentamos mais. Se não \n tiver sinalização sobre melhorias, possivelmente entraremos em greve, \n diz Barbosa.Estamos revoltados com \n as mortes de nossos companheiros, que estão na linha de frente. Nos \n inspiramos neles para termos forças para conseguirmos lutar em prol de \n nós mesmos e dizer que a morte deles não foram em vão, emenda.Mortesnbsp;nbsp;O\n primeiro caso de assassinato de policiais civis de Mato Grosso do Sul \n ocorreu no dia 28 de janeiro em Campo Grande. O investigadornbsp;Dirceu \n Rodrigues dos Santos, 38 anos,nbsp;foi baleado com dois tiros na testa e na \n nuca durante uma investigação de um furto de uma joia avaliada em R$ 80 \n mil no bairro Campo Nobre.Já no dia \n 12 de fevereiro, em Paranhos, a 469 quilômetros da Capital, o \n papiloscopista Marcílio de Souza, 51, foi metralhado e morto em uma \n lanchonete a 100 metros da linha da fronteira com o Paraguai. Ele \n voltava de um prédio da Polícia Paraguaia, onde foi informar o furto de \n um trator ocorrido em Sete Quedas.A \n morte mais recente aconteceu no dia 12 de março. O investigadornbsp;Weslen \n de Souza Martins, 36, foi morto com um tiro no coração minutos após o \n roubo a uma farmácia na Vila Bandeirantes.