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Polícia
17/10/2024 14:56:00
Mesmo de alta, paciente se recusa a sair e é preso traficando em hospital

CGN/LD

“Morando” no Hospital São Julião há cerca de cinco meses, Alexandro Pereira, 43 anos, acabou preso por vender drogas e ameaçar funcionários da unidade de saúde, que fica no Bairro Nova Lima, em Campo Grande, na última terça-feira (15). Ele estava no local fazendo tratamento para reabilitação das pernas - atualmente ele faz uso de cadeira de rodas - e se recusava a sair mesmo de alta, segundo boletim de ocorrência.

De acordo com o registro policial, equipe da PM (Polícia Militar) foi acionada no final da manhã da terça-feira pela superintendente do hospital e quando chegaram ao local uma das funcionárias relatou que Alexandro estava há, aproximadamente, cinco meses na unidade fazendo tratamento nas pernas e que por diversas vezes recebeu alta, mas se recusava a ir embora.

No entanto, há um mês ele começou a ser agressivo com a equipe médica e chegou a ameaçar cortar o pescoço de um dos enfermeiros. Alguns dias depois, uma faca artesanal foi encontrada pela equipe da limpeza e gerou pânico nos funcionários. Aos policiais, eles relataram que o comportamento hostil se tornou constante.

Além disso, a equipe percebeu que outros pacientes passaram a frequentar o pavilhão onde Alexandro fica e surgiram fumando maconha pelo hospital, levantando a suspeita de que ele estivesse vendendo a droga na unidade. Na terça-feira, então, uma das funcionárias da limpeza encontrou porções do entorpecente escondidas dentro dos sapatos do suspeito e, por isso, a polícia foi acionada.

Aos policiais, Alexandro confessou ser o dono da droga e que recebia o entorpecente de amigos durante as visitas. Ao todo foram encontrados 154 gramas de maconha com o homem, ele foi preso em flagrante e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

Nesta quinta-feira (17), Alexandro passou por audiência de custódia e o juiz Aluizio Pereira dos Santos converteu o flagrante em prisão preventiva considerando que o homem já tem outras passagens por crimes de ameaça e de tráfico de drogas, considerado hediondo.