VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
11/02/2014 10:32:11
Polícia divulga foto de suspeito de acender rojão que atingiu cinegrafista
De acordo com a polícia, é ele quem aparece nas imagens registradas por fotógrafos e cinegrafistas usando calça jeans e camisa cinza suada.

G1/AB

Foto: Divulgação/Polícia Civil
A\n Polícia Civil divulgou, na manhã desta terça-feira (11), a foto de Caio Silva\n de Souza, de 23 anos, suspeito de acender o rojão que atingiu o repórter\n cinematográfico Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, durante protesto no\n Centro do Rio na quinta-feira (6).\n \n Policiais\n da 17ª DP (São Cristóvão) realizavam, em torno de 10h40, buscas na tentativa de\n cumprir o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça na segunda-feira\n (10).nbsp;\n \n De\n acordo com a polícia, é ele quem aparece nas imagens registradas por fotógrafos\n e cinegrafistas usando calça jeans e camisa cinza suada.\n \n Morador\n da Baixada Fluminense, ele já tem duas passagens pela polícia, uma delas\n pornbsp; ter sido vítima de agressão em uma manifestação e a outra por um\n crime de menor potencial ofensivo, segundo a polícia.\n \n O\n rapaz foi identificado após ajuda de Fábio Raposo, que confessou ter participado\n da ação e está preso desde domingo (9). Em depoimento, Raposo disse que Caio\n tem um perfil violento e que eles se conheciam apenas de outros protestos.\n \n Investigação
\n O delegado Maurício Luciano, que conduz as investigações, disse que levou uma\n foto do suspeito para Fábio Raposo, que está à disposição da Justiça, no\n Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Ele reconheceu\n o autor do disparo. Os dois vão responder por homicídio doloso qualificado –\n quando há intenção de matar –, pelo uso de artefato explosivo, e pelo crime de\n explosão. Se condenados pelos crimes, a pena pode chegar a 35 anos de prisão.\n \n Segundo\n o delegado, o autor do disparo tinha intenção de matar. “Foi um homicídio\n intencional. Não foi um atentado à liberdade de imprensa. Infelizmente, o\n Santiago estava na linha de tiro. A intenção era ferir ou matar os policiais.\n Segundo o Fábio, ele tinha um perfil violento, pelo porte físico”, explicou o\n titular da 17ª DP (São Cristovão).\n \n De\n acordo com a decisão judicial, "o suspeito foi apontado por acender e\n posicionar o artefato que atingiu o cinegrafista". Diz ainda o texto\n expedido pelo Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de\n Janeiro: "A prisão temporária deve ser decretada para a garantia da ordem\n pública, da futura aplicação da Lei Penal e da futura instrução criminal. Há\n evidente necessidade de se resguardar a instrução,nbsp; a fim de que as provas\n sejam colhidas garantindo-se, ao final, a instrução criminal da causa, que\n merece integral apuração, dada a lesividade social para que os eventos\n violentos não mais se repitam", diz a decisão.\n \n Advogado passou nome de suspeito
\n O advogado de Raposo, Jonas Tadeu, entregou à polícia, na segunda-feira, o\n nome, número de identidade e CPF do suspeito de acender o rojão. Apesar de\n Fábio Raposo ter colaborado para as investigações, o advogado afirmou que o\n delegado Maurício Luciano descartou o benefício da delação premiada para seu\n cliente. “Não está valendo. Mas isso vai ser uma discussão que eu vou levar pra\n juízo”, disse Jonas Tadeu.\n \n A\n explosão – ocorrida durante confronto entre a PM e manifestantes – foi\n registrada por fotógrafos, cinegrafistas e câmeras de vigilância instaladas nas\n proximidades da Central do Brasil. Após a divulgação das imagens, Fábio Raposo\n se apresentou à polícia e disse ter passado o rojão ao homem que acendeu o\n artefato que atingiu o cinegrafista. No depoimento na 17ª DP (São Cristóvão), o\n rapaz afirmou não conhecer o suspeito de lançar o rojão em meio à manifestação\n contra o aumento da passagem de ônibus.