VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
09/12/2013 07:01:53
Torcedores do Vasco são levados para presídio após briga em estádio
Três homens foram detidos na noite de domingo e levados na madrugada. Eles foram indiciados por tentativa de homicídio e associação ao crime.

G1/PCS

Torcedores foram identificados por imagens feitas na Arena Joinville na tarde de domingo (8) (Foto: Geraldo Bubniak)
Foram encaminhados ao Presídio Regional de Joinville os três torcedores do Vasco presos por envolvimento na pancadaria que marcou o jogo entre Atlético-PR e Vasco da Gama na tarde de domingo (8), no estádio Arena Joinville, no Norte Catarinense. De acordo com a Polícia Civil, o trio foi preso pela Polícia Militar e depois identificado por imagens feitas no local do incidente. Os homens saíram da Central de Polícia de Joinville a caminho do presídio por volta das 2h30 desta segunda-feira (9). Eles foram indiciados por tentativa de homicídio, associação ao crime, danos ao patrimônio e por ferirem alguns artigos do Estatuto do Torcedor. Segundo a Polícia Civil, dois torcedores foram detidos na saída do estádio, logo após o jogo. O terceiro foi encontrado no banheiro de um ônibus da torcida organizada do Vasco, quando deixava a cidade. Um dos homens aparece em fotos e vídeos feitos no local com um pé de mesa na mão. Nas imagens, é possível vê-lo usando o objeto para espancar um torcedor adversário. Segundo a Polícia Civil, as investigações continuarão para identificar outros envolvidos e os responsáveis por iniciar a confusão, que deixou quatro pessoas hospitalizadas. Três torcedores continuvam internados em unidades de saúde do município até a manhã desta segunda-feira. Nesta manhã, permaneciam em hospitais Estevão Viana, de 24 anos, Gabriel Ferreira, de 29, e William Batista. Por volta das 22h de domingo, Batista foi levado ao hospital da Unimed. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital São José, onde o paciente recebeu o primeiro atendimento, ele havia sofrido traumatismo craniano. Policiamento
A tenente-coronel da Polícia Militar de Santa Catarina Claudete Lehmkuhl informou ao G1 que no momento da briga não havia policiais militares dentro do estádio. De acordo com ela, o motivo para a ausência de policiamento foi uma determinação do Ministério Público do estado. Segundo Claudete, após a briga entre as torcidas, 160 militares passaram a atuar dentro da Arena Joinville e 20, fora do estádio. Em nota emitida pela Polícia Militar de Santa Catarina às 22h50 deste domingo (8), a corporação afirmou que "esteve presente na parte externa do estádio durante o evento, atendendo à uma Ação Civil Pública, por parte do Ministério Público, que propôs que o Poder Judiciário proíba a participação de policiais militares em atividades que fujam da competência constitucional da Corporação". A nota afirma ainda que 113 policiais militares integraram as equipes de policiamento ostensivo a pé, de trânsito, montado, de resgate médico, motocicletas e aéreo. “Dentre esses policiais militares, encontrava-se um efetivo composto pelas Guarnições de Policiamento Tático, inclusive com reforço de cidades vizinhas, pronto para atuar em caso de conflito. Essa atuação deu-se justamente quando começaram os atos de violência entre os torcedores", destacou o texto. Na noite deste domingo (8), o Ministério Público do estado afirmou que não fez "nenhuma recomendação ou ação que impeça a Polícia Militar de atuar no interior do estádio Arena em Joinville". De acordo com a assessoria de imprensa do MP-SC, uma ação civil pública que pede mudanças estruturais na segurança do estádio foi protocolada em 2 de dezembro, mas o Fórum de Joinville não havia aceitado o pedido até a noite deste domingo (8).
Ainda segundo a assessoria, a ação não pede que policiais deixem de atuar na Arena Joinvillee que a ação só passa a ser uma determinação depois de aceita pelo Judiciário.