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Política
08/06/2018 16:47:00
Contra turbulências, Guardia diz que governo mantém compromisso total com meta fiscal

G1/LD

Diante dos últimos dias de turbulências no mercado, o ministro Eduardo Guardia (Fazenda) disse ao blog que a mensagem da equipe econômica é de "compromisso total" com a meta fiscal deste ano, que prevê um déficit de R$ 159 bilhões.

"Não vamos comprometer um milímetro da meta fiscal, é compromisso nosso, do presidente Temer, do qual não descuidaremos", afirmou Eduardo Guardia.

Questionado se o governo não colocou em risco a meta fiscal com o acordo com os caminhoneiros, ele reconheceu que o gasto adicional de R$ 13,5 bilhões para reduzir o preço do óleo diesel foi caro, "mas tomamos todas as medidas compensatórias, cortamos gastos, reduzimos incentivos, tem gente reclamando, mas não podemos colocar em risco a meta fiscal".

Guardia disse que o presidente Michel Temer sabe da importância de cumprir a meta fiscal e que ele dá apoio às contrapartidas apresentadas pela equipe econômica para evitar o seu descumprimento. O ministro da Fazenda viajou na quinta-feira (7) com Temer para São Paulo, onde os dois jantaram juntos com o ex-ministro Delfim Netto.

Nas conversas com Temer, durante o voo e no jantar, Guardia disse que eles conversaram sobre como o governo está reagindo às turbulências, como a ação conjunta do Tesouro Nacional e do Banco Central para acalmar os mercados de câmbio e juros. "Estamos trabalhando de forma coordenada e a ação do Banco Central foi importante para dar mais tranquilidade ao país neste momento", disse Guardia.

Ainda sobre a questão fiscal, Guardia mandou um recado. "Usamos todo excesso de arrecadação que tínhamos, tivemos de usá-lo para trazer a normalidade de volta, mas agora não tem mais dinheiro, esqueçam outras demandas", afirmou o ministro. "Temos de viver com o que temos."

Sobre a inflação de maio, que subiu 0,4%, Guardia disse que não está preocupado. "Vai subir um pouco agora e em junho, mas depois volta com o encerramento da greve. A inflação acumulada no ano é a menor desde o Plano Real, então, neste momento, ela é a menor preocupação que temos", afirmou o ministro da Fazenda.