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Sonora
13/03/2013 11:36:26
Ministério Público Estadual investiga doações de terrenos feitas na gestão passada
O MPE (Ministério Público Estadual), por meio do promotor Paulo Leonardo de Faria, vai investigar supostas irregularidades nas doações de terrenos feitas no ano passado, pelo então prefeito de Sonora, Zelir Antônio Maggionni (PMDB), o Mano.

Da assessoria/PCS

\n O MPE (Ministério Público Estadual), por meio do promotor Paulo Leonardo de Faria, vai investigar supostas irregularidades nas doações de terrenos feitas no ano passado, pelo então prefeito de Sonora, Zelir Antônio Maggionni (PMDB), o Mano. Através de sua assessoria, o promotor informou que está colhendo informações para formalizar o procedimento de investigação acerca das doações nos loteamentos Jardim dos Estados II e Sol Nascente. Faria tenta obter informações desde setembro de 2012, mas não teve a solicitação atendida por Mano. No mês passado, o promotor requisitou, mais uma vez, informações à prefeitura de Sonora. Atendendo ao pedido, o prefeito Yuri Valeis (PR) adiantou que nomeou uma comissão para analisar as doações, uma vez que existe suspeita da falta de critério na distribuição. Conforme o prefeito, sua equipe tem encontrado dificuldades, pois nem todos os beneficiados estão cadastrados na prefeitura. Porém, Yuri Valeis explicou que forneceu todas as informações ao Ministério Público Estadual, inclusive encaminhou a relação do cadastro das pessoas beneficiadas. “Descobrimos que parte dessas pessoas possuí imóveis, além de veículos e, consequentemente, boas condições financeiras”, comentou o prefeito. Os indícios de irregularidades também pautaram a sessão da câmara nesta segunda-feira (11), principalmente depois que Ezequiel Reginaldo dos Santos (PDT) informou que até Ivan Cristino dos Reis, que na época era gerente de Assistência Social e Trabalho, pasta responsável pela habitação, foi beneficiado com um lote. O presidente da Casa de Leis, Jansen Peixoto Barbosa (PTB), frisou que tinha de ter sido adotado critérios na doação de terrenos, assim como de casas, justamente para que fossem beneficiados aqueles que necessitavam. De acordo com o presidente, também era preciso saber se o beneficiado com lote tinha condições de construir, evitando a venda clandestina do terreno. “Para essas pessoas, que não tem condições, a prefeitura tinha de ter doado casas, garantindo que as famílias necessitadas fossem abrigadas de forma decente”, enfatizou. Segundo o presidente, o maior problema é que a habitação foi usada para angariar votos em ano eleitoral, “mas, na verdade, o político tem que conquistar votos com serviços prestados, ao logo de seu mandato, em prol da população”, emendou. O líder do prefeito, vereador Virgílio Cassimiro de Oliveira (PTB), informou que o impasse dificulta o investimento em estrutura no local. “A atual administração está encontrando dificuldades, inclusive, de levantar dados corretos sobre as doações que foram feitas pelo ex-prefeito”, explicou o líder. \n \n