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Tecnologia
11/05/2019 11:48:00
França quer acesso maior a algoritmos do Facebook
Emmanuel Macron se reunirá com Mark Zuckerberg nesta sexta-feira; ideia é combater discursos de ódio na rede social

Exame/PCS

Facebook: rede social foi amplamente criticada após ataque terrorista na Nova Zelândia (Foto: Thomas White)

Autoridades francesas devem ter mais acesso aos algoritmos do Facebook e maior escopo para auditar as políticas internas da empresa de mídia social contra o discurso de ódio, concluiu um relatório encomendado pelo presidente Emmanuel Macron.

O documento vem depois que o Facebook ter sido duramente criticado por políticos e pelo público por não conseguir remover mais rapidamente imagens do ataque a tiros em Christchurch, Nova Zelândia, de sua rede. Cinquenta pessoas foram mortas no ataque, com imagens circulando online por dias.

O presidente francês, que se reunirá com o fundador e presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, nesta sexta-feira, quer que a França assuma um papel de liderança na regulamentação de tecnologia, buscando um equilíbrio entre o que ele entende como postura de laissez-faire dos EUA e a mão de ferro da China.

O relatório de 33 páginas, escrito em conjunto por um ex-chefe de relações públicas do Google França, recomenda aumentar a supervisão da maior rede de mídia social do mundo e permitir que um regulador independente policie os esforços de grandes empresas de tecnologia para lidar com o discurso de ódio.

“A inadequação e a falta de credibilidade na abordagem de autorregulação adotada pelas maiores plataformas justificam a intervenção pública para torná-las mais responsáveis”, disse o relatório.

Empresas como o Facebook não podem simplesmente se declarar transparentes, acrescentou, observando que a verificação da integridade dos algoritmos que eles usam é uma tarefa particularmente complexa.