Sexta-Feira, 17 de Maio de 2024
Meio Ambiente
08/03/2024 14:36:00
Chuva e sol do fim de semana "abrem as portas" para trimestre que terá calor acima da média

CGN/LD

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Desde janeiro Mato Grosso do Sul observa um cenário de altas temperaturas, aliadas a chuvas abaixo da média histórica, tendência essa que deve se manter até maio, apesar de uma atual pressão atmosférica sobre o Paraguai favorecer o clima mais chuvoso no Estado a partir desse fim de semana.

Segundo a previsão, haverá pouco sol e variação de nebulosidade entre essa sexta-feira (08) e o próximo domingo (10). Isso acontece justamente graças à combinação de calor e umidade, aponta boletim emitido pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

Dados do Cemtec evidenciam o que é chamado de "deslocamento de cavados" e a atuação desse sistema de pressão paraguaio, sendo que com essa probabilidade de nuvens de chuva as regiões, central; leste; sul e sudeste devem observar precipitações que devem superar 40mm principalmente a partir de amanhã (09).

A previsão evidencia as chuvas intensas e tempestades desse fim de semana, que devem vir acompanhadas de raios e rajadas de vento.

Quanto às temperaturas, o cenário de calor intenso começa a dar as caras, principalmente para a região pantaneira e sudoeste do Estado, próximo à Porto Murtinho, onde os termômetros atingem máximas de 37 °C já neste sábado (09).

Compilados os dados de janeiro, no primeiro mês de 2024 as chuvas abaixo da média histórica foram observadas em 41 municípios, sendo Bonito o destaque mais "negativo", com os 43 mm registrados representando um índice 77% abaixo do esperado.

Lançado olhar sobre a Capital, o ponto que registrou maior precipitação acumulada em janeiro, na régua da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, ainda assim esteve mais da metade (57%) abaixo do esperado nesse mês de abertura anual.

Trimestre acima da média

Ainda que em fevereiro o total de municípios com chuvas abaixo da média tenha caído para 34 cidades, os índices do Cemtec evidenciam os meses secos e quentes que Mato Grosso do Sul vive desde meados de julho de 2023.

Mesmo que não seja o único fator a influenciar e determinar as condições do clima, para o trimestre que se aproxima - batizado de "MAM" devido às iniciais de março, abril e maio - a probabilidade de incidência do fenômeno em território sul-mato-grossense é de 75%.

E apesar de sua influência, esse trimestre que se inicia indica que as precipitações devem seguir "ligeiramente" abaixo da média histórica.

Além disso, boa parte do território brasileiro nesse trimestre, com exceção das regiões mais ao sul, indicando três meses bem mais quentes que o normal em Mato Grosso do Sul.

Inclusive pela característica dos primeiros meses desse 2024, o entendimento das equipes técnicas indicam que as chuvas também devem ficar abaixo da média até o mês de maio.

Cabe ressaltar que passado esse trimestre específico, a cobertura que mede até meados de junho deixa claro que o El Niño deixa de exercer influência, quando passa a dar lugar para La Niña.

Como mostra o boletim divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ainda ontem (07), o El Niño começou a evidenciar suas características há cerca de nove meses e agora, de fato, mostra um enfraquecimento, com intensidade saltando de "moderada" para "fraca", o que deve impactar a temperatura com variações de mais de um grau (1,4 °C).

O documento destaca uma possível "estabilidade" no trimestre "abril-maio-junho" com condições neutras que se estendem pelo menos até meados do sétimo mês anual, sendo que a probabilidade do La Niña para o próximo semestre é de 55%.

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