Domingo, 28 de Abril de 2024
Meio Ambiente
29/07/2023 11:15:00
Restos mortais de alpinista perdido nos Alpes é encontrados após 36 anos
Aquecimento global tem acelerado o derreter dos glaciares que, por sua vez, tem exposto os corpos de muitos alpinistas que morreram ao atravessar a cordilheira

NM/PCS

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Foto: © Polícia de Valais

Trinta e seis anos depois, o corpo de um alpinista alemão desaparecido foi encontrado numa geleira nos Alpes Suíços, após ter sido descoberto no último dia 12 de julho.

A descoberta foi anunciada na quinta-feira (27) pela polícia de Valais, na Suíça, explicando que os restos mortais e várias peças do equipamento de alpinismo do homem foram encontrados no glaciar Theodule, no sul do país, perto de Zermatt e do icônico Matterhorn.

Os restos foram transportados para o hospital e, segundo acrescentou a polícia, "as comparações de DNA permitiram estabelecer que este era o alpinista que desapareceu em setembro de 1986".

O homem, de 38 anos, desapareceu há 36 anos quando escalava a região, acabando por nunca mais regressar. As operações de busca e salvamento terminaram sem que o alpinista chegasse a ser encontrado.

A polícia não compartilhou a identidade do homem, mas publicaram uma fotografia do seu equipamento preso na neve.

Segundo explica a France-Presse, o aquecimento global tem provocado um aumento e aceleração do degelo nos Alpes. Mas a crise climática tem, por outro lado, permitido encontrar os corpos de vários alpinistas perdidos nas montanhas da região no centro da Europa.

Em agosto de 2017, um montanhista italiano, desaparecido entre os anos 80 e 90, foi encontrado por outros turistas na face sul do Mont Blanc (o pico mais alto da União Europeia e um dos maiores da Europa). Um mês antes, a Suíça recuperou os restos de um casal perdido há 75 anos, após o encolhimento de um glaciar.

O fenômeno não é exclusivo dos Alpes, e autoridades nos Himalaias e no Japão já se depararam com descobertas semelhantes.

Segundo a Reuters, as geleiras da Suíça estão desaparecendo a um ritmo preocupante para a fauna e flora local, com os cientistas a registrarem em 2022 uma perda de 6% de volume das geleiras - o dobro, comparativamente a 2003.

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