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Mundo
09/12/2017 07:36:00
Trump pede voto para candidato ao Senado acusado de abuso sexual
Roy Moore foi denunciado por 8 mulheres, que dizem ter sido vítimas de abuso sexual durante a década de 1970.

G1/PCS

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Trump em comício em Pensacola, na Flórida (Foto: AP Photo/Susan Walsh)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu, na sexta-feira (8), voto para Roy Moore, candidato republicano ao Senado pelo Alabama, nas eleições da próxima terça-feira (12), e que enfrenta acusações de abuso sexual.

Durante um comício na cidade de Pensacola (Flórida) e perto da fronteira com o Alabama, Trump pediu aos seus seguidores para "sair e votar em Roy Moore", que é acusado de assédio sexual por oito mulheres, entre elas várias que tinham entre 14 e 18 anos quando fatos ocorreram, na década de 1970.

Roy Moore, candidato republicano ao Senado dos EUA (Foto: AP Photo/Brynn Anderson)

"Este país não pode perder um assento (republicano). Não podemos dar ao luxo de ter um democrata liberal que é um fantoche de Nancy Pelosi e Chuck Schumer", disse o presidente, se referindo ao oponente de Moore, Doug Jones.

A passagem de Trump por Pensacola teve os elementos próprios de um ato de campanha, onde ele dedicou vários momentos para defender sua proposta de fortalecer as fronteiras, incluindo a construção de um muro, e aumentar o número de oficiais de imigração.

"Teremos as fronteiras mais fortes que vocês já viram. Teremos fronteiras acima das fronteiras", afirmou o presidente, reiterando que seu governo construirá o muro da fronteira, uma polêmica proposta que os latino-americanos também desejam, disse, "pois eles querem segurança".

"Os Estados Unidos são um país soberano, estabelecemos as nossas regras de imigração. Não escutamos outros países que nos dizem como deveríamos dirigir nossa imigração", manifestou Trump.

O presidente se referiu a decisão de um juri de declarar inocente o indocumentado mexicano Jose Ines Garcia Zarate pela morte da jovem Kate Steinle, baleada em São Francisco, em 2015, e reiterou suas críticas às chamadas "cidades-santuário", aquelas que não colaboram com as autoridades migratórias.

"Isso foi um erro total da Justiça", lamentou Trump, se referindo ao veredito do juri, que perdoou dos crimes de homicídio ao indocumentado, deportado cinco vezes para seu país e que estava então em liberdade condicional com uma nova ordem de deportação pendente.

Ele lamentou que as cidades-santuário "soltem imigrantes violentos e os protejam" e mencionou Chicago como exemplo, declarada "santuário" mas que ao mesmo tempo "tem as leis de armas mais duras".

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