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Brasil
20/08/2012 09:00:00
Assaltos a bancos crescem 25% e arrombamentos aumentam 65% no primeiro semestre
O total de assaltos a bancos ocorridos no país ao longo do primeiro semestre deste ano cresceu 25,2% em relação ao mesmo período de 2011.

Agência Brasil/PCS

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O total de assaltos a bancos ocorridos no país ao longo do primeiro \n semestre deste ano cresceu 25,2% em relação ao mesmo período de 2011. O \n número passou de 301 para 377 casos. Já os arrombamentos de agências, \n postos de atendimento e caixas eletrônicos passaram de 537 para 884 no \n mesmo período – um crescimento de 64,6%.\n \n Os dados fazem parte da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, \n divulgada hoje (20) em Curitiba. O levantamento foi elaborado pela \n Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e pela Confederação Nacional\n dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), com apoio técnico do \n Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos \n (Dieese).\n \n Somadas, ambas as modalidades de ataques a bancos chegaram a 1.261 \n ocorrências, uma alta de 50,5% em relação ao primeiro semestre do ano \n passado, quando houve 838 casos. Entre as fontes da pesquisa estão \n estatísticas de secretarias estaduais de Segurança Pública, notícias \n publicadas pela imprensa e levantamentos de sindicatos e federações de \n trabalhadores. No mês passado, a CNTV, a Contraf e o Dieese haviam \n divulgado 27 mortes em assaltos a bancos, de janeiro a junho de 2012.\n \n Nas estatísticas de assaltos a bancos por estado, São Paulo lidera o \n ranking, com 99 casos no primeiro semestre, seguido por Bahia (37), \n Ceará (26), Pernambuco (18), Paraíba (17), Paraná (16) e Mato Grosso \n (16). Em termos percentuais, o maior crescimento ocorreu no Ceará, que \n passou de cinco casos no primeiro semestre de 2011 para 26 no mesmo \n período deste ano, uma alta de 420%.\n \n O ranking de arrombamentos também é liderado por São Paulo, com 190 \n casos. Na sequência, aparecem Minas Gerais (151), Santa Catarina (121), \n Paraná (93), Bahia (54), Rio Grande do Sul (40) e Mato Grosso (32). O \n maior crescimento do número de casos ocorreu em Minas Gerais, com um \n salto de cinco para 151 ocorrências, uma variação de 2.920% em relação \n ao primeiro semestre do ano passado.\n \n As entidades acreditam que os dados reais podem ser ainda maiores, em\n razão da dificuldade de se obter esse tipo de informação em alguns \n estados. Casas lotéricas, unidades do Banco Postal dos Correios e \n correspondentes bancários não constam do levantamento.\n \n "Esperamos que o anteprojeto de lei que trata do estatuto da \n segurança privada seja apresentado ainda este ano pelo Ministério da \n Justiça. A legislação atual está defasada", disse Ademir Wiederkehr, \n diretor da Contraf, em entrevista à Agência Brasil. "Queremos mais \n segurança para proteger a vida das pessoas. Não queremos mais a morte de\n clientes e trabalhadores."\n \n Entre as reivindicações das entidades que representam vigilantes e \n bancários estão a obrigatoriedade de porta giratória com detector de \n metais antes das salas de autoatendimento; instalação de vidros \n blindados nas fachadas das agências; colocação de câmeras de \n monitoramento dentro e fora dos bancos; ampliação do número de \n vigilantes; uso de divisórias entre os caixas e biombos antes da fila de\n espera; e isenção de tarifa para transferências eletrônicas de recursos\n entre bancos diferentes.\n \n As entidades sindicais também defendem maior controle e fiscalização \n por parte do Exército no transporte, armazenamento e comércio de \n explosivos. Em 2011, de acordo com números apresentados pela CNTV, houve\n pelo menos 44 ocorrências de roubos de cargas de explosivos no país – \n 15 delas em Minas Gerais, o que explicaria, em parte, o aumento \n significativo de casos de arrombamento registrados no estado. Em segundo\n lugar aparece o Paraná, com dez ocorrências de roubos de explosivos.\n \n "Em cada uma dessas ocorrências são roubadas toneladas de dinamite", \n disse o presidente da CNTV, José Boaventura Santos. "As mineradoras \n deveriam ser obrigadas a ter um plano de segurança para o transporte \n desse material, com a contratação de vigilância."\n \n Perguntado pela Agência Brasil se já fizeram algum contato com o \n Exército sobre o assunto, o presidente do Sindicato dos Vigilantes de \n Curitiba, João Soares, disse que o órgão participou recentemente de uma \n audiência pública sobre o tema, realizada na Assembleia Legislativa do \n Paraná.\n \n "O representante dos Exército nessa audiência informou que é \n praticamente impossível fiscalizar tudo. Eles fazem uma fiscalização por\n amostragem", disse Soares. "Precisamos de uma fiscalização mais \n consistente, com medidas como rastreamento dos artefatos por chips ou \n códigos de barras. Há locais que vendem banana de dinamite por R$ 10."\n \n Os trabalhadores reclamam ainda do baixo orçamento destinado pelos \n bancos para gastos com segurança. No primeiro semestre deste ano, os \n cinco maiores bancos aplicaram R$ 1,5 bilhão em segurança, o equivalente\n a 6% do lucro líquido de R$ 24,6 bilhões obtido no período.\n \n Procurada pela Agência Brasil, a Federação Brasileira de Bancos \n divulgou nota em que informa que a segurança dos seus funcionários e \n clientes é preocupação central dos bancos. Conforme a nota, os \n investimentos em segurança feitos pelo setor passaram de R$ 3 bilhões, \n em 2002, para R$ 8,3 bilhões em 2011, o que significaria um aumento de \n 62,4% em termos reais.\n \n De acordo com a federação patronal, os assaltos diminuíram 78% entre \n os anos de 2000 e 2011, passando de 1.903 para 422. Ainda segundo a \n Febraban, os bancos seguem a Lei Federal nº 7.102/1983 e sua \n regulamentação. "O aprimoramento da segurança bancária levou a uma \n adaptação e migração dos criminosos profissionais para assaltos fora das\n agências bancárias", diz a nota da Febraban\n \n \n
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