Cidades
18/09/2013 09:45:36
Entidades de Direitos Humanos repudiam ação de PM que matou dois
Antes que a ação fosse concluída, o PM, que estava à paisana, reagiu com tiros e matou os dois homens que tentavam cometer o crime. Os disparos foram certeiros e ninguém saiu ferido.
CGNews/PCS
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\n \n O CDDH (Comitê de\n Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos) Marçal de Souza e outras oito\n entidades voltadas para a manutenção dos diretos humanos em Mato Grosso do Sul\n repudiam a atitude do policial militar que, no último dia 11, impediu um\n assalto à uma casa lotérica no Conjunto Parati, em Campo Grande. Antes que a\n ação fosse concluída, o PM, que estava à paisana, reagiu com tiros e matou os\n dois homens que tentavam cometer o crime. Os disparos foram certeiros e ninguém\n saiu ferido.\n \n A ação foi\n considerada um desrespeito aos Direitos Humanos e inaceitável, conforme\n carta em que foi exposta a crítica, assinada pelas nove entidades. Matar não\n deve constar nos manuais de segurança pública. Que a Polícia tenha capacidade\n de investigar e prender, se necessário, mas que não seja autorizada a praticar\n gestos de execução e tortura, comenta o coordenador-geral do CDDH, Edivaldo\n Cardoso, sobre a carta.\n \n Além do episódio na\n lotérica, Cardoso cita as desocupações de áreas invadidas e a forma como as\n manifestações populares são repreendidas nas ruas, e afirma que, segundo\n denúncias recebidas no Comitê, a truculência dos agentes da segurança pública é\n frequente. Já pensou se todo policial colocar na cabeça que para receber uma\n promoção é preciso matar? Essa realidade pode se agravar, acrescenta Cardoso,\n referindo-se ao fato de que o PM que estava na casa lotérica foi promovido,\n conforme anunciou o comandante da Policia Militar, coronel Carlos Alberto Davi\n dos Santos.\n \n A carta também\n cobra a elaboração de um Plano Estadual de Segurança Pública e, ainda segundo\n Cardoso, será encaminhada para o Ministério Público Estadual. Eles precisam\n acompanhar de perto a postura da Polícia. Além disso, é preciso investir mais\n nos trabalhadores, e valorizar aquele que se arrisca todos os dias salvando\n vidas, ao invés de premiar o que atira antes para perguntar depois, acrescenta\n o coordenador.\n \n Assinaram a carta\n junto com o CDDH o Comitê Memória Verdade e Justiça/MS, Comissão Pastoral da\n Terra do MS, IBISS/CO (Instituto Brasileiro de Inovações Pró-sociedade Saudável\n do Centro Oeste), CRJP/MS (Comissão Regional de Justiça e Paz) MST (Movimento\n dos Trabalhadores sem Terra), Comissão Permanente de Direitos Humanos "\n Ricardo Brandão " da OAB/MS, ONG Azul e CIMI (Conselho Indigenista\n Missionário).\n \n \n
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