Segunda-Feira, 15 de Setembro de 2025
Polícia
14/10/2013 07:14:12
Celular custa até R$ 25 mil dentro do sistema prisional
O crime organizado criou um sistema de comunicação alternativo ao telefone celular para manter os negócios em funcionamento sem a interferência da polícia e do Ministério Público Estadual (MPE) no estado de São Paulo.

Exame/LD

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\n \n \n \t O crime organizado criou um sistema de comunicação alternativo ao \n telefone celular para manter os negócios em funcionamento sem a \n interferência da polícia e do Ministério Público Estadual (MPE) no \n estado de São Paulo. É o chamado "bate-bola" - envio de mensagens de \n dentro do presídio para as ruas. O sistema é dominado por integrantes da\n cúpula da facção que comanda os presídios paulistas e exercem a função \n de "sintonia da rua" - ou seja, mantém a coesão e a ordem segundo as \n normas da facção entre presos ou bandidos livres.\n \n \t De acordo com as investigações do MPE, os criminosos da cúpula \n mandariam "pipas" para as ruas, como são chamados os bilhetes por meio \n de mulheres, as pontes. "Essas mulheres levam semanalmente os bilhetes \n ocultos nos órgãos genitais para dentro dos presídios e após a "visita" \n trazem a resposta para os comandados na rua", afirmaram os 23 promotores\n de todos os Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado\n (Gaecos) no Estado de São Paulo.\n \n \t Para manter o fornecimento de celulares nas cadeias, a facção comprou \n um "portal", como os detentos chamam os detectores de metal iguais aos \n usados por bancos. O objetivo era fazer testes para encontrar uma forma \n de passar telefone pelo detector sem o aparelho ser percebido.\n \n \t A operação, aparentemente custosa, tinha como objetivo diminuir os \n gastos da facção, pois agentes corruptos estavam pedindo até R$ 25 mil \n para deixar entrar um único telefone na Penitenciária 2 de Presidente \n Venceslau, onde está presa a maioria da cúpula do PCC. Se há a \n necessidade de contato mais rápido, os bandidos mobilizam advogados que \n servem de pombo-correio para o crime. As informações são do jornal O \n Estado de S. Paulo.\n \n
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