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Polícia
27/02/2017 08:55:00
Advogado critica prisão 'ilegal' e diz que Edinho será liberado até sexta

G1/LD

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O ex-goleiro do Santos Futebol Clube Edson Cholbi do Nascimento, filho de Pelé, deve ser libertado até a próxima sexta-feira (3). Essa é a previsão do advogado Eugênio Malavasi, que defende Edinho e entrou com um pedido de habeas corpus na última sexta-feira (24), quando ele se apresentou à Polícia Civil. O ex-jogador responde um processo por lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas.

Edinho se apresentou depois que o Tribunal de Justiça do Estado de Paulo julgou, na última quinta-feira (23), o recurso de apelação dele pelo crime de "lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas".

O TJ condenou Edinho e reduziu a pena de 33 anos e quatro meses de reclusão para 12 anos e dez meses em regime fechado. O ex-jogador estava esperando o julgamento da apelação em liberdade.

A cadeia anexa ao 5º DP, onde Edinho está preso, está fechada desde às 20h da última sexta-feira e só deve reabrir na próxima quarta-feira (1º), quando termina o carnaval. Também por conta do feriado, a Justiça só deve julgar o pedido de habeas corpus nos próximos dias. Edinho está isolado e sem receber visitas.

De acordo com Malavasi, a prisão de Edinho é ilegal e, por isso, ele deu entrada no pedido de habeas corpus, mas essa liminar deve demorar para sair. “O colegiado não fundamentou a medida de deixá-lo preso. Espero que na quinta ou sexta-feira ele seja liberado”, falou.

Os outros envolvidos no processo, com situação idêntica a Edinho, também tiveram suas penas reduzidas. Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o "Nai"; Maurício Louzada Ghelardi, o "Soldado"; Nicolau Aun Júnior, o "Véio ou Nick"; e Ronaldo Duarte Barsotti, o "Naldinho", foram condenados pelo mesmo crime. Nai deverá cumprir pena de 15 anos de reclusão. Já Soldado e Nick irão ficar 11 anos e quatro meses na prisão. Os mandados de prisão dos três também já foram expedidos. "Naldinho" está sumido e, portanto, é considerado foragido.

O caso

A primeira prisão de Edinho aconteceu em 2005. O ex-goleiro foi detido com outras 17 pessoas pela Operação Indra realizada pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), acusado de ligação com uma organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho, na Baixada Santista. Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em janeiro de 2006, ele teve a prisão decretada com o aditamento da denúncia, que passou a incluir o crime de lavagem de dinheiro. Edinho obteve o direito de permanecer em liberdade por causa de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em fevereiro, o Ministério Público denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro, o que resultou em uma nova prisão, 47 dias após conseguir a liberdade. Depois disso, a Justiça vinha negando com frequência os pedidos de liberdade feitas por Edinho.

No dia 30 de maio de 2014, o ex-goleiro foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas após decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande. Edinho foi preso no dia 7 de julho por não ter apresentado seu passaporte à Justiça, uma das exigências para permanecer em liberdade até a decisão final da Justiça. Eugênio Malavasi, advogado de Edinho, conseguiu um habeas corpus para liberar seu cliente.

Em novembro do mesmo ano, o ex-goleiro foi detido no Fórum de Praia Grande, após cumprir a medida cautelar que exigia que ele comparecesse mensalmente em juízo e registrasse sua rotina. Edinho foi solto no dia seguinte. A Justiça acatou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa.

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