\n \n Um\n cenário sombrio é apontado pelo governador André Pucinelli (PMDB) caso seja aprovada\n a unificação da alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e\n Serviços) de 4% nas operações estaduais. Para ele, a mudança pode afetar até o\n salário dos servidores estaduais.\n \n “É unânime. Todos os Estados [prejudicados] vão reduzir\n os investimentos a zero. Vão parar obras de estradas, ferrovias e pode chegar\n até ao salário dos servidores”, afirmou Puccinelli em entrevista ao jornal Bom\n Dia MS, da TV Morena.\n \n Com\n a mudança na alíquota, Mato Grosso do Sul vai perder R$ 1,7 bilhão dos R$ 5,4\n bilhões arrecadados por ano. O que inviabiliza a industrialização, anda\n incipiente, e encarece os insumos para agricultura e pecuária, principais\n atividades econômicas do Estado.\n \n O impasse leva a uma guerra entre irmãos. De um lado,\n Estados já industrializados apoiam a mudança, como São Paulo , Rio de Janeiro,\n Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No outro extremo, o\n Centro-Oeste, Norte e Nordeste rechaçam a unificação.\n \n Ontem,\n em Brasília, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado,\n Puccinelli alertou que a redução inviabiliza o Estado. Atualmente, a alíquota\n varia entre 17% e 29%.\n \n O\n governador defendeu a destinação de R$ 16 bilhões para compor o fundo a ser\n criado para compensar as perdas com a reforma do tributo. A proposta do governo\n federal prevê um fundo de R$ 8 bilhões.\n \n Nesse\n modelo alternativo, os prejuízos seriam amenizados. Conforme o governador, MS\n perderia 17%, Goiás, 11% e Mato Grosso, 5%.\n \n