Domingo, 14 de Setembro de 2025
Polícia
24/03/2013 09:46:37
Apesar das tentativas de combate, números de estupro não diminuem
No último dia 12, Odimar Guilherme da Silva, de 36 anos, conhecido por “Carioca”, cometeu três roubos e estuprou duas mulheres, uma de 22 e a outra de 19 anos, isso em um intervalo de 14 horas.

CGNews/PCS

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“Um beijo muito lascivo pode ser enquadrado como violência sexual. Cada caso é um caso e deve ser analisado com critério”, explica a delegada Rosely Molina. (Foto: Marcos Ermínio)
\n \n No\n último dia 12, Odimar Guilherme da Silva, de 36 anos, conhecido por “Carioca”,\n cometeu três roubos e estuprou duas mulheres, uma de 22 e a outra de 19 anos,\n isso em um intervalo de 14 horas. De acordo com a delegada titular da Deam\n (Delegacia de Atendimento à Mulher) Rosely Molina, os dois casos foram em plena\n luz do dia e comprovam que uma das maiores violências cometidas contra a mulher\n está longe de ter um fim.\n \n No\n caso do dia 12, o bandido aproveitou que as vítimas estavam sozinhas em ruas de\n pouco movimento para agir.nbsp;Por volta das 6h40, uma jovem de 22 anos,\n esperava o ônibus na rua Marechal Floriano, atrás do Comper da Brilhante,\n quando se aproximou um veículo Logan de cor prata. Carioca, que usava o veículo\n roubado, estacionou, apontou um revólver calibre 38 para a vítima e a mandou\n entrar no carro e ficar abaixada no banco traseiro.\n \n Ele\n levou a vítima para uma estrada vicinal onde há uma plantação, na saída para\n Sidrolândia, e a estuprou. A mulher só foi liberta quando o bandido se assustou\n com uma caminhonete que passou no local. Com medo, ele jogou a vítima no chão e\n fugiu.\n \n De\n lá, por volta das 8h, Carioca seguiu até a rua Paissandu no bairro Amambaí,\n onde fez a segunda vítima, de 19 anos. A jovem estava caminhando, quando ele a\n abordou dizendo que era um assalto. Sob ameaças, Carioca levou a vítima para um\n lugar ermo e a estuprou. Conforme a delegada, nos dois casos o ato sexual foi\n consumado.\n \n O\n homem tem uma ficha extensa, por assalto, roubo e tentativa de homicídio, foi\n preso um dia depois dos crimes pela Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e\n Roubos de Veículos). Para justificar a sequência de roubos e estupros ele\n contou apenas que “perdeu a mulher, perdeu tudo e estava sob efeito de drogas”.\n \n Estatísticas\n \n Dados\n divulgados pela Sejusp (Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública)\n mostram que a cada dois dias uma mulher é violentada sexualmente em Campo\n Grande. De janeiro até agora foram registrados 68 casos, desses, 34 foram em\n janeiro, 19 em fevereiro e neste mês são 14. Apesar das tentativas de combate à\n violência contra a mulher, crimes desta natureza não têm diminuído.\n \n Em\n relação ao mesmo período, de janeiro a março do ano passado, 64 casos foram\n registrados na Capital, apenas 4 a menos que em 2012 e o mês ainda não\n terminou. No total, o ano passado teve nbsp;326 casos de estupros.\n \n Segundo\n a delegada da Deam, por conta da legislação que mudou, hoje tudo é considerado\n estupro, qualquer ato de conjunção carnal ou libidinoso de maneira forçada. “Um\n beijo muito lascivo pode ser enquadrado como violência sexual. Cada caso é um\n caso, situação por situação dever ser analisada”, disse.\n \n Ainda\n conforme a delegada, apesar de ocorrer menos, algumas mulheres tem receio de\n denunciar quando o crime tem autoria, ou seja, a vítima sabe quem é o agressor.\n “O crime de estupro demanda uma investigação mais criteriosa e cautelosa.\n Durante depoimento, a vítima é acompanhada por uma psicóloga e uma assistente\n social”.\n \n Estupro\n é considerado crime hediondo. A pena varia de 6 a 10 anos de prisão e pode\n aumentar de 8 a 12 anos se há lesão corporal ou se a vítima é menor de idade.\n Quando o crime resulta em morte, a pena aumenta para 12 a 30 anos de prisão.Notícia relacionada
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