Polícia
17/10/2012 10:13:45
Banda é suspeita de exploração sexual de dançarina de 15 anos
Uma banda de forró e uma casa noturna são investigadas pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de exploração sexual de uma dançarina menor de 18 anos.
G1/LD
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\n \n Uma\n banda de forró e uma casa noturna são investigadas pela Polícia Civil de São\n Paulo por suspeita de exploração sexual de uma dançarina menor de 18 anos. Após\n três denúncias anônimas, a bailarina de 15 anos, trajando shorts curto e top,\n foi recolhida na última quarta-feira (10) no Recanto Jabaquara Bar, onde se\n preparava para mais uma apresentação. Ela ganhava de R$ 200 a R$ 300 por\n participação em shows do grupo musical Forró Konsiderado.\n \n Procurada\n pela reportagem, a cantora Patricia dos Santos Ribeiro, de 25 anos, negou o\n crime e alegou que desconhecia a lei. O\n G1 não conseguiu\n localizar os donos do bar para comentarem o assunto.\n \n Um\n casal, vocalista e tecladista, donos da banda, e os proprietários do\n estabelecimento comercial, onde ocorreria o evento, foram detidos e levados ao\n 35º Distrito Policial, no Jabaquara. De acordo com o delegado-titular Enjolras\n Rello Araújo, o caso foi registrado como exploração sexual, segundo determina o\n artigo 244 A da Lei 8069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).\n \n Os\n quatro suspeitos foram indiciados pelo crime, que prevê penas de quatro a dez\n anos de prisão. Apesar disso, todos eles foram liberados após prestarem\n esclarecimentos.\n \n A\n cantora Patricia relatou que foi a mãe da menina quem ofereceu a filha para\n trabalhar com o grupo há cerca de um ano, quando ela tinha 14 anos. "A\n mulher nos autorizou, mas nem sempre viajava conosco, disse Patrícia Ribeiro.\n Agora que sei que é crime ter menor trabalhando em casa noturna, não aceitarei\n mais menores. A garota era a única. As demais dançarinas são adultas, disse.\n \n Como\n os responsáveis pela adolescente não estavam presentes na boate durante a\n abordagem policial, um conselheiro tutelar foi chamado para a delegacia e levou\n a garota a um abrigo onde ficam outros menores de idade. Segundo o delegado\n Enjolras Araújo, os pais da dançarina são separados.\n \n A\n mãe da adolescente, a empregada doméstica Francilene Cândido Batista, é\n investigada pela polícia como suspeita de trabalho escravo. Questionada, ela\n negou a acusação de que forçava a filha a trabalhar. Também afirmou que tenta\n há uma semana retirar a garota do abrigo para onde foi levada na Mooca, Zona\n Leste.\n \n Estão\n dizendo que eu obrigo a menina a trabalhar na noite. É mentira isso. Somos\n pobres, mas não faço isso não, disse Francilene, que alega desconhecimento da\n lei para ter permitido a filha trabalhar de madrugada.\n \n Como\n evangélica, eu não concordo, mas também ela não me obedecia. É uma menina que\n está atrasada nos estudos, não gosta de estudar e preferia dançar. Algumas vezes\n ela ia escondida de mim, em outras eu deixei porque ela chorava. Nunca consegui\n controlá-la. Agora, se eu conseguir tirá-la do abrigo não vou mais deixá-la\n dançar, afirmou a mãe.\n \n Na\n página pessoal da adolescente na internet, há postagens de fotos dela atuando\n como dançarina da banda de forró. Por envolver menor de idade, o caso será\n acompanhado pela Vara da Infância e Juventude. Procurada, a assessoria de\n imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) disse que não pode passar\n informações sobre o assunto porque ele corre em segredo.\n \n \n \n \n
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