Domingo, 14 de Setembro de 2025
Polícia
18/01/2013 09:00:00
Bebê morre, mãe é presa e padrastro diz que agressões eram habituais
O padrasto de Kemely Romeiro Rocha, de 1 ano e dois meses, que morreu na madrugada de hoje (18), em Campo Grande, vítima de maus tratos, disse que a bebê era frequentemente agredida pela mãe, Marlene Romeiro Rocha, 37 anos.

CGNews/HJ

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\n \n O\n padrasto de Kemely Romeiro Rocha, de 1 ano e dois meses, que morreu na\n madrugada de hoje (18), em\n Campo Grande, vítima de maus tratos, disse que a bebê era\n frequentemente agredida pela mãe, Marlene Romeiro Rocha, 37 anos.\n \n Conforme\n o padrasto, Francisco Gomes de Carvalho Filho, de 54 anos, que prestou\n depoimento na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro\n como testemunha, Marlene era muito agressiva e não tinha paciência com a filha.\n Segundo ele, ela batia na criança com finalidade de disciplinar, mas que chegou\n em várias ocasiões a ameaçá-la dizendo que se não parasse de bater na bebê iria\n denúncia-lá à Polícia. Não há registro de denúncia anterior.\n \n O\n padrasto contou que a mulher tinha o costume de deixar o bebê com ele e com a\n outra filha dela de 17 anos.
\n Marlene é usuária de drogas e já tem várias passagens na Polícia. Entre os\n crimes cometidos por ela constam tráfico, roubo e receptação. O pai biológico\n de Kemely está preso pelo crime de roubo.\n \n Ontem,\n o padrasto disse que a mulher saiu de casa, que fica no bairro Nova Lima, por\n volta das 15 horas, e deixou a menina pelada sozinha em cima da cama. Ele\n afirmou que estava no quintal, quando no final da tarde, ouviu um grito e um\n choro. Entrou na residência e encontrou a criança caída no chão. Ao ver a cena,\n disse que ficou desesperado e não reparou se o bebê tinha outros ferimentos.\n Ele diz que colocou Kemely sentada no tapete e saiu do local para procurar\n ajuda.\n \n Segundo\n o padrasto, nesse momento a mãe retornava para casa, ele então contou para ela\n o que havia acontecido e saiu em busca de ajuda.\n \n De\n acordo com ele, Marlene não esperou seu retorno e levou a criança de bicicleta\n até o posto de saúde do bairro Nova Bahia. No meio do caminho, a criança foi\n socorrida pelos tios e levada de carro.nbsp;\n \n Conforme\n a Polícia, a equipe médica do posto constatou a gravidade dos ferimentos e já\n realizou os primeiros socorros à vítima. Durante atendimento, Kemely sofreu uma\n parada cardiorrespiratória, mas foi reanimada. Ela teve que ser encaminhada por\n uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) até a Santa Casa,\n onde não resistiu às lesões e morreu na madrugada desta sexta-feira.\n \n A\n direção do posto acionou a Polícia Militar. A mãe e o padrasto foram detidos e\n encaminhados para a Depac. Os dois foram ouvidos pelo delegado de plantão,\n Camilo Kettenhober.\n \n Marlene,\n segundo o delegado, negou com veemência qualquer agressão a filha e ainda\n tentou culpar o marido pela morte da criança. Ela afirmou que não estava em\n casa e que tinha saído para comprar leite.\n \n Kettenhober\n informa que a mulher entrou em contradição durante o depoimento. “Antes de\n saber da morte da filha ela apresentou uma versão e após receber a notícia de\n que a bebê não havia sobrevivido relatou outra situação para os fatos. Já o\n padrasto manteve a mesma versão nos dois momentos em que foi interrogado”,\n relata.\n \n O\n delegado ouviu também a equipe médica da Santa Casa que fez o atendimento à\n criança. Ele foi informado de que as lesões na vítima não foram provocadas pela\n queda da cama, mas sim por agressão física.\n \n A\n mesma constatação foi feita pelos médicos do posto Nova Bahia. Eles foram\n enfáticos ao afirmar que os ferimentos na menina são incompatíveis com a queda\n da cama e são frutos de agressão física.nbsp;\n \n Kemely\n apresentava várias lesões na cabeça. Ela teve afundamento de crânio.\n \n A\n perícia esteve na casa onde aconteceu o casal morava com a criança e apreendeu\n um pano com manchas de sangue. Segundo o delegado, o local é bagunçado e em\n péssimas condições de higiene.\n \n Após\n o depoimento, o padrasto foi liberado. Já Marlene está presa e foi indiciada\n por maus tratos seguido de morte. A pena para este crime é de quatro a 12 anos\n de prisão. Segundo o delegado, o indiciamento foi este porque, o uso da\n violência com intenção de disciplina caracteriza maus tratos.nbsp;\n \n \n \n \n
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