Ossos humanos foram encontrados na fazenda de José de Almeida Júnior,\n conhecido “Dinho”, de 53 anos, na última quinta-feira (15), durante \n cumprimento de mandado de busca a apreensão realizado por investigadores\n do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubo a Banco, \n Assaltos e Sequestros) em Costa Rica. A informação foi divulgada somente ontem pela Polícia Civil.\n \n A ossada estava próxima a carcaça de uma motocicleta Honda Strada, \n jogada em um penhasco que tem pelo menos 30 metros de altura e fica a 60\n quilômetros de Costa Rica. O local é de propriedade de Dinho e sua \n esposa, Helena de Fátima Silva Lacerda, de 35 anos. De acordo com \n denúncias feitas de dentro do Presídio de Segurança Máxima, Dinho matou e\n desovou os corpos de pelo menos duas pessoas no local.\n \n Os ossos são de uma pessoa adulta e o assassinato ocorreu há mais de \n quatro anos, de acordo com o delegado Cleverson Alves dos Santos, de \n Costa Rica. “O cadáver não foi enterrado e sim jogado no penhasco, que é\n um lugar de acesso extremamente difícil. Ficou ao relento até se \n decompor totalmente. Da mesma forma a moto não estava enterrada e sim \n jogada ao relento”, diz.\n \n O crânio apresenta uma perfuração, provavelmente provocada por \n projétil de arma de fogo. A ossada será enviada para perícia nos \n próximos dias e só então será possível identificar o sexo e a provável \n idade da vítima.\n \n Segundo o delegado do Garras, Márcio Shiro Obara, Dinho jogou \n entulhos e lixo no mesmo lugar em que o corpo foi ocultado. Obara \n descreve o local como uma furna, com um penhasco de mais de 30 metros de\n altura, onde há vegetação fechada e o acesso é praticamente impossível.\n \n Dinho está preso desde o dia 27 de abril de 2010 no Presídio Federal,\n em Campo Grande. Ele é acusado de mandar matar o advogado Nivaldo \n Nogueira, assassinado com um tiro no dia 23 de março de 2009, em um bar \n de Costa Rica.\n \n Ainda conforme a Polícia Civil, ele já articulou assassinatos e fugas\n em massa de dentro do presídio. Há denúncias ainda de que planejava \n matar um juiz, um delegado, promotor de justiça e uma investigadora de \n polícia, todos envolvidos nas investigações que elucidaram a morte do \n advogado Nivaldo.\n \n \n