Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Polícia
12/09/2017 18:11:00
Estudante é preso por pedir nudes e extorquir 5 mulheres em Brasília

Metro/PCS

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Suspeito não foi identificado por decisão da Justiça (Foto: Divulgação/pcdf)

A Polícia Civil do DF prendeu um estudante de psicologia de 23 anos na região metropolitana de Natal (RN). Ele é acusado de enganar virtualmente e extorquir pelo menos cinco mulheres de Brasília, incluindo duas menores de idade. Os investigadores suspeitam, contudo, que o número de vítimas em todo o Brasil chegue a mil.

O suspeito foi trazido para o DF ontem e cumpre prisão temporária de 30 dias. Em seu computador, a polícia encontrou 10 mil imagens de conteúdo pornográfico. O homem, que não teve o nome divulgado porque a Justiça colocou o caso sob sigilo, é acusado pela polícia de extorsão, armazenamento de conteúdo pornográfico de menores, lavagem do dinheiro extorquido e estupro virtual.

Nas redes sociais, como Facebook e Snapchat, o suspeito costumava se apresentar como ‘Gabi’ em perfis falsos, com fotos roubadas. De acordo com a investigação, ele fazia amigas virtuais, desenvolveu uma técnica de sedução e, quando conquistava a confiança das vítimas, sugeria que trocassem fotos íntimas, popularmente chamadas de “nudes” na internet. Quando conseguia as imagens, o suspeito confessava não ser quem dizia e começava a extorquir as vítimas – ele exigia de R$ 300 a R$ 1,5 mil de cada, segundo a polícia, para não divulgar as imagens.

“Quem caiu nesse golpe infelizmente não se preocupou o suficiente com quem estava do outro lado. A internet é um ambiente ainda novo, mas fazer isso é como deixar o portão de casa aberto”, compara a delegada Sandra Gomes, chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, que chegou ao suspeito após dois meses e meio de investigação. Nesse período, a polícia encontrou conexões entre cinco denúncias feitas em diferentes cidades do DF.

Ao ser preso, segundo a delegada, o estudante universitário chegou a ironizar que a polícia “demorou” a encontrá-lo. O próprio preso teria dito que enganava mulheres virtualmente desde 2012, mas que apenas em 2017 teria começado a ver os crimes como um negócio lucrativo.

Conhecimentos

Para despistar investigações, o suspeito preso no Rio Grande do Norte usava técnicas para utilizar identidades virtuais, os IPs, de outros países e obrigava as vítimas a pagar os ‘resgates’ por meio de moedas virtuais. A delegada espera que, com a divulgação da prisão, mais vítimas podem aparecer – e as estimula a procurar a polícia.

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