Quinta-Feira, 28 de Março de 2024
Polícia
15/03/2019 18:17:00
Ex-PM pistoleiro vai matar vítima, escorrega e morre baleado na cabeça
Temido, organizou matança na Vila Santa Luzia após briga em bar

CE/PCS

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Menos de dois anos depois de ser condenado a mais de 50 anos de prisão por participação em uma chacina ocorrida em novembro de 2013, na Vila Santa Luzia, região norte de Campo Grande, o ex-sargento da Polícia Militar Cláudio José Andrade dos Santos, 61 anos, foi morto na manhã desta sexta-feira (15), quando perseguia um jovem, de 26, na cidade de Japorã.

Santos, conhecido como 'Alicate' por todo o Estado, onde atuava como pistoleiro desde que fora expulso da PM pela Corregedoria em meados da década passada, após sua atuação como executor ser descoberta, era um dos homens mais temidos pela sua frieza e eficácia em cumprir os assassinatos pelo qual era contratado.

Nesta manhã, Santos cumpriria um de seus trabalhos na pequena cidade interiorana, mas algo deu errado.

Segundo a polícia, ele seguiu o jovem a pé, armado com uma espingarda calibre ponto 12, desde a região central, mas a hipotética vítima teria percebido e tentado fugir pela zona rural.

Em determinado momento, o jovem foi surpreendido com disparos. Acabou atingido duas vezes. Mas mesmo assim conseguiu aproveitar que o ex-PM escorregou, pegou a espingarda e revidou, atingindo o pistoleiro na cabeça e o matando na hora.

O jovem acabou socorrido a um hospital de uma cidade vizinha e não há informações sobre seu estado de saúde.

VÁRIAS PASSAGENS

Espécie de celebridade do submundo, 'Alicate' responde acusações de tentativa de homicídio desde os anos 1990. Também acumula indiciamentos por tráfico de drogas e porte ilegal de armamento restrito.

Mas o caso de maior repercussão que participou foi em 18 de novembro de 2013, quando matou os irmãos João Carlos, 26 anos, e Edgar José Duarte, 38, além de Maurício Martins da Silva, 31.

A motivação teria sido banal. O ex-policial comandou os assassinatos para vingar uma briga com Edgar ocorrida em um boteco da região, onde morou por mais de dez anos. Ele contratou um homem de 32 anos para ajudá-lo na vingança, mas a identidade desse permanece sem ser revelada até hoje.

Em dezembro daquele ano, o autor chegou a ser preso pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, mas foi solto menos de cinco meses depois, por decisão unânime da Justiça, que lhe concedeu o direito de responder o processo em liberdade. Fora a última vez que fora visto pelas autoridades e desde então estava foragido, sendo julgado à revelia a 50 anos e 8 meses de prisão.

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