Sábado, 27 de Abril de 2024
Polícia
10/03/2023 06:39:00
Gaeco faz operação contra o tráfico de drogas em Coxim e mais três cidades

CGNews/PCS

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Foto: Arquivo

Alvo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que investiga uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas, o empresário Florisvaldo de Gaspari Favareto, 49 anos, guardava um arsenal em casa e na oficina localizada na Avenida Guaicurus, no Jardim Colibri, em Campo Grande. Ele é apontado como um dos líderes do grupo.

A casa e a oficina de Florisvaldo foram alvos dos policiais nesta quarta-feira (8) durante a Operação Traquetos. Na casa dele, foram encontradas: uma pistola 9mm; 66 munições de 9mm; 87 munições de fuzil 5,56; 107 munições de calibre 22; uma luneta e um registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

Na oficina da Avenida Guaicurus, os policiais encontraram: uma espingarda calibre 12; uma carabina calibre 22; uma luneta; 150 munições de 9mm; 50 munições calibre 22; 50 de calibre 5,56; 25 calibre 12; 14 de .40 e 28 munições de .380.

Segundo a polícia, as munições de calibre .40 e 9mm apresentam indícios de ilegalidade "por inexistência autorização legal para posse de munições deste calibre". Além disso, há indícios de que Florisvaldo mantém em local ilegal uma de suas armas, o fuzil T4.

Líderes

Florisvaldo, ou "Gaspar", e outros dois homens, identificados como Maicon Igo Barbosa Moreira, o "Gordinho", e Wellington Aquino Braga, o "Tom", são apontados como líderes da organização criminosa. São os responsáveis pela aquisição e transporte da droga "desde a compra do entorpecente com fornecedores, preparação dos veículos para o transporte e a venda".

Os líderes faziam, ainda, a movimentação de valores e custeios das despesas. "(...) entre as quais a contratação de advogados para outros integrantes do grupo", diz trecho da investigação. Maicon contava com a ajuda da esposa, que atuava na parte financeira do grupo. O casal usava a conta bancária da filha para movimentar o dinheiro do tráfico.

Operação

Além de Florisvaldo, 17 pessoas foram presas durante a Operação Traquetos na Capital. Entre elas, uma zootecnista de 42 anos, no residencial Dhama. No quarto dela, foram encontradas 15 munições de calibre 20, uma luneta e um Bipe, utilizado em arma de fogo. A mulher contou que não sabia da existência das munições, mas foi presa e levada à delegacia.

A ação cumpriu, ao todo, 18 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão, contra membros da organização criminosa dedicada a traficar drogas, principalmente maconha, para os estados da Bahia, Goiás e São Paulo. Conforme o Ministério Público, a droga era destinada a partir de Ponta Porã e Bela Vista, cidades na fronteira com o Paraguai.

O grupo tinha ramificações nas cidades de Bela Vista, Jardim, Caracol, Nioaque e Aquidauana. "(...) esse grupo criminoso é estruturado, contando com uma grande rede de batedores e pontos de apoio nas cidades de Campo Grande/MS e de Aquidauana/MS, com o intuito de escoar a droga, que é adquirida na cidade de Bela Vista/MS", destaca a investigação do Gaeco.

Os mandados foram cumpridos em Anastásio, Campo Grande, Corumbá e Coxim.

Defesa

O advogado de Florisvaldo de Gaspari, Cairo Frazão, informou que pedirá a revogação da prisão preventiva: "Entendemos que que nosso cliente preenche os requisitos para poder aguardar em liberdade, possibilitando uma melhor defesa".

Frazão ainda destaca que a maioria dos armamentos encontrados com Florisvaldo são legais e sobre os que não são, os documentos serão apresentados no momento oportuno.

A reportagem não conseguiu contato com as defesas de Maicon Igo Barbosa Moreira e Wellington Aquino Braga.

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