Domingo, 14 de Setembro de 2025
Polícia
05/05/2023 12:07:00
Gaeco prende dois em Coxim durante operação contra envolvidos com facção criminosa

Sheila Forato

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Imagem meramente ilustrativa

Pelo menos duas pessoas foram presas em Coxim, nesta sexta-feira (5), durante operação Bloodworm, desencadeada pelo Gaego (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Os alvos são advogados e policiais penais suspeitos de integrarem facção criminosa. Eles facilitavam a entrada de ilícitos em presídios de Mato Grosso do Sul.

Ao todo, são 92 mandados de prisão preventiva e 38 mandados de busca e apreensão. Da região norte, além de Coxim, existem mandados a serem cumpridos em Rio Verde, São Gabriel do Oeste e Sonora. Campo Grande, Dois Irmãos do Buriti, Dourados, Ponta Porã e Rio Brilhante ainda integram a lista.

Também há mandados para serem cumpridos no Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), Brasília (DF), Paulo de Faria (SP), Várzea Grande (MT), Cuiabá (MT), Sinop (MT), Cáceres (MT), Marcelândia (MT), Primavera do Leste (MT), Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) e Mirassol d’Oeste (MT).

O trabalho investigativo, que durou cerca de 15 meses, permitiu descortinar ação da facção criminosa, até então de investidas tímidas em nosso Estado, para o fim de se estruturar e se expandir em Mato Grosso do Sul, que se tornou importante rota do tráfico de drogas e de armas de fogo, em razão de sua posição geográfica (fronteira com o Paraguai e a Bolívia).

De acordo com o MPMS, a efetiva organização do Comando Vermelho teve início a partir da união de propósitos entre as lideranças reclusas no interior da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, unidade prisional cujas rígidas regras de segurança não impediram o ingresso de aparelhos celulares para uso dos presos, o que se dava por intermédio de participação criminosa de policiais penais corrompidos e de advogado a serviço da facção.

O uso criminoso dos aparelhos celulares e as ações de “pombo-correio” empreendidas por advogados que integram a facção (gravatas) permitiam o contato entre os faccionados presos e seus comparsas em liberdade, a fim de traçar o planejamento de crimes como roubos, tráfico de drogas e comércio de armas, que foram reiteradamente praticados e comprovados durante a investigação, cujo proveito serviu para o fortalecimento do Comando Vermelho MS.

Bloodworm - O nome da operação faz alusão à larva vermelha (ou verme-sangue) de nome Bloodworm, que se trata de um verme conhecido por ser feroz, venenoso, desagradável, mal-humorado e facilmente provocado. Destaca-se por sua coloração vermelha, por viver aglutinado aos demais da mesma espécie e pela grande capacidade de resistência em condições ambientais extremas. Além disso, ao se depararem com rivais, contam com seus dentes de cobre, que funcionam como verdadeiras armas, agindo de modo implacável para derrotá-los, características essas que possuem semelhanças com as ações violentas e hostis praticadas pela organização criminosa.

Com informações do MPMS

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